Agressões verbais são tão
prejudiciais quanto às físicas é o que foi divulgado no site-msn
Crianças submetidas a insultos
têm mais chance de desenvolver depressão, veja o escrito:
A Bruna veio outro dia me dizer
que aprendeu na escola que existe uma lei contra pai bater em filho. Dei corda
no assunto, porque queria entender onde e como o papo tinha surgido. Descobri
que tinha sido um garoto da sala a levantar a conversa na hora do recreio e
que, professora atenta, aproveitou a oportunidade para discutir com as crianças
a realidade do país. Sabe uma discussão que seria oportuna também? A daviolência
psicológica contra as crianças. Não acho que a conversa possa ser
levada pra sala de aula, calma. Mas entre professores, pais, educadores, enfim.
Os especialistas em psicologia sabem bem que as agressões verbais são
igualmente desaconselháveis às físicas. Quer dizer, devia existir a Lei do
Insulto, assim como a da Palmada...
Não vou me melindrar e criar a
expectativa que uma professora nunca extrapole vez ou outra na bagunça da sala
de aula. Do mesmo modo, não vou dizer que sempre consigo ser a mãe equilibrada,
ponderada, e que não dou meus chiliques de vez quando. Mas há uma diferença
essencial entre administrar conflitos eextrapolar
autoridade. Quando os filhos exageram na bagunça, na malcriação e na falta
de limite é preciso educá-los. Seja em casa ou na escola. Espera-se que pais e
professores possam, enfim, conter as crianças com equilíbrio, mas sempre
lembrando que uma bronca exagerada ou um desabafo fora de hora podem causar um
estrago inestimável na criança.
Frases pesadas que a gente ouve
na televisão, na casa do vizinho, na fila do supermercado, que envolvem
humilhação, sarcasmo, acusação, como “não acredito que pus no mundo um filho
assim”, “mas que ideia brilhante esta!”, “você faz da minha vida um inferno”
são insultos. Insulto deseduca. E não é só isso. Insultar uma criança de modo
recorrente provoca um trauma que traz como consequência tristeza, alterações de
humor, sofrimento moral e rejeição – um cenário que se espalha como epidemia
silenciosa entre as crianças, independente da condição social, econômica e
cultural, e que tem um nome terrível: depressão. Nos últimos 10
anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, aumentou em 8% o
diagnóstico de depressão em crianças entre 6 e 10 anos. E a perversidade
e o despreparo de um adulto para lidar com o conflito é que estão por trás
disso!
O conflito na educação dos nossos
filhos é um processo que envolve limite e autocrítica dos dois lados. Se o
professor se exalta, se os pais gritam, é preciso parar nesse ponto, reconhecer
o erro e definir o que mudar dali pra frente pra aquilo não ocorrer novamente.
Quando essa situação não é diagnosticada e nem remediada, vira a bola de neve
que ninguém mais sabe dizer onde começou, nem como parar... mas que todo mundo
sabe onde e como vai terminar: destruindo a confiança e a autoestima de uma
criança.
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