quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cura da auto-imagem. Quem sou eu para mim mesmo?


Quem sou eu para mim mesmo? Não se trata daquilo que gostaríamos de ser nem mesmo do que os outros pensam de nós, mas o que, de fato, somos. 

A maioria das pessoas não conhece a si mesmo, sobretudo por temer a descoberta:  temos medo do que vamos encontrar de doloroso e de falso dentro de nós. 

Conhecerás a verdade e a verdade te libertará” (Jo 8,32). É a verdade que vai nos libertar. 
Não adianta colocar máscaras; não adianta aparar uma coisa aqui, outra ali. A cura completa da nossa auto-imagem precisa ser feita na raiz, onde está a causa dos nossos problemas. 

e Deus não nos criou mutilados emocionalmente, pelo contrário: nos criou perfeitos para o amor. O importante é ter a consciência de que, com o auxílio oportuno do Senhor, podemos restaurar a nossa auto-imagem.

O primeiro passo para a cura da nossa auto-imagem é se abrir à presença de Deus. Existem pessoas que se fecham em si mesmas e não se abrem para ninguém. Isso é muito perigoso, 
porque podem acabar morrendo em seu isolamento, em meio a doenças, dores, sofrimentos... 
É importante sair desse estado de reclusão e ter coragem de responder algumas perguntas fundamentais para encontrar o seu verdadeiro eu: “Como vejo a mim mesmo? Eu sempre me 
senti amado por todos?”

A origem de muitos dos nossos fardos emocionais encontra-se no relacionamento com os pais ou com as pessoas responsáveis pela nossa educação. Algumas dores emocionais começaram 
ainda na infância ou nos primeiros tempos de escola, nos primeiros anos da adolescência, e são mantidas até a vida adulta. 

Especialistas afirmam que é possível trazer marcas do que será a personalidade desde o ventre materno. O feto capta tudo: tristezas, quadros depressivos, sentimento de revolta, 
ansiedade, medo exacerbado, sentimentos de raiva, ódio, tudo.

A experiência nos mostra que a maioria dos jovens que buscam refúgio nas drogas apresentam uma grande ferida emocional, diretamente relacionada à auto-imagem. 

Para curar a nossa auto-imagem, precisamos saber os frutos que estamos dando, pois é pelos frutos que conhecemos a árvore. Se uma pessoa cultiva maus frutos, aparecem as feridas, as doenças... 

O Senhor está decidido em acabar com as figueiras que não dão frutos, mas seu coração é cheio de misericórdia. Deus-Pai cortaria essas árvores agora mesmo, pois já acabou o tempo oportuno para se dar frutos, mas Jesus diz: “Pai, deixa mais um pouco; vamos pôr uma terrinha em volta, vamos dar mais uma chance. Depois, o Senhor pode cortar.”

Não podemos ser cortados sem cumprir a nossa missão. Não podemos deixar que uma auto-imagem destruída nos tire do caminho de salvação. Não podemos ser cortados se ainda não 
fomos uma boa mãe. 

Não podemos ser cortados se ainda não fomos um bom pai.Não podemos ser cortados se ainda não fomos um bom filho ou uma boa filha. 
Temos de começar agora, e bem depressa, porque os tempos se abreviaram. Nós já estamos vivendo o tempo da misericórdia. 

Se continuarmos com a nossa auto-imagem deturpada,nunca poderemos perceber o quanto somos especiais aos olhos de Deus, o quanto somos criaturas feitas à sua imagem e semelhança. Precisamos mudar! 

Deus quer nos curar, assim como fez com a mulher que estava encurvada havia 18 anos. Ele sabia que ela era possessa de um espírito que a detinha doente, e sentiu compaixão. 
E hoje, o que nos adoenta? Deus não manda a doença para ninguém. 

A doença e a morte são o salário do pecado. Talvez os causadores dessa doença não sejam nós mesmos, mas o fato é que alguém pecou: alguém da sua casa, da sua família, dos seus antepassados, ou talvez você mesmo. Enquanto o pecado fizer parte da sua vida, Deus não poderá curar sua autoimagem. Para não ficarmos doentes, devemos parar de pecar. 

Segundo a Palavra de Deus, aquela mulher, possessa de um espírito, andava encurvada, absolutamente sem poder se erguer.Uma pessoa encurvada não tem chance alguma de olhar para o alto. 

Nós, que temos a oportunidade de olhar para o alto devemos passar toda a nossa vida buscando as coisas do alto, levantando as nossas mãos para o Pai do Céu, para o Pai das 
luzes, agradecendo e bendizendo. 

Em vez de seguir a oração do “encardido”, precisamos rezar a oração do louvor a Deus, porque esta liberta o nosso coração e começa a nos curar da auto-imagem comprometida.

Em determinados momentos, somos nós que contribuí-mos para que as pessoas fiquem com a sua auto-imagem deturpada. Fazemos com que as pessoas a nossa volta se comportem como galinhas, e não como águias. Nossa vocação, porém,  não é a de ser galinha, e sim a de ser águia, de voar alto, de escalar as altas montanhas. 

Mesmo assim, voando muito alto, depois de trinta anos, a águia precisa se renovar, senão ela morre. Ela sobe na montanha, bate as unhas na pedra e as quebra, arranca com o bico todas as suas penas, e já não pode mais voar, além de bater o bico na pedra até quebrá-lo por inteiro. 

Ali a águia se renova. Dela, vão saindo penas e unhas novas, bico novo, e novamente ela pode levantar o vôo. Tudo isso acontece porque ela não tem medo de se avaliar, de olhar para si e ver que é preciso uma mudança profunda. Tudo isso porque ela tem a sua auto-imagem no devido lugar. Tudo isso porque ela sabe do que precisa para voar ainda mais alto.

 Vamos pedir ao Senhor: 
“Vai lavando, Jesus, com o teu sangue, o meu interior, as minhas lembranças dolorosas e traumáticas.

Vai lavando com o teu sangue, Jesus, a minha história emocional.Vai lavando com o teu sangue, Jesus, o coração, a mente, os sentimentos, tudo aquilo que está machucado e que violou a minha personalidade; lava-me de tudo o que é mau e que foi tomado do meu sagrado, do meu interior, do profundo do meu ser.Vai curando, Jesus, com o teu sangue, a minha vida. Vai 
fazendo novas todas as coisas, os complexos de inferioridade, sentimentos de culpa, auto-condenação, auto-piedade... Vai lavando, Jesus, com o teu sangue, tudo aquilo que tem me trazido paralisia, situações de morte, de tristeza, de angústia, de solidão e de medo.
Jesus, lava com o teu sangue a minha alma, o meu coração, a minha história.

Sela, Jesus, com a tua graça, esse momento de cura.Talvez, Senhor, eu não tenha conseguido dar frutos por causa das minhas feridas emocionais, talvez eu não tenha conseguido dar frutos porque eu estou vivendo apenas na aparência e me falta amor...falta o amor que eu não tive e o que eu não sei dar, e talvez não saiba dar pelos meus traumas; talvez eu tenha sido uma pessoa encurvada na minha paralisia porque eu carrego diversas feridas emocionais. 

Eu não quero ser uma pessoa encurvada pelo demônio. Eu não quero que uma doença me detenha o resto da minha vida. Eu não quero ser uma pessoa inválida e inerte porque tu és o meu Senhor, tu és a minha vida, tu és a minha libertação, tu és a minha cura. 

Sim, Senhor, eu prometo dar frutos, mas cura-me dessas dores, dos traumas que eu trago da minha infância, dos estragos que eu recebi na minha vida quando eu ainda era pequeno, 
das palavras malditas, dos xingamentos, das gritarias, das surras, dos castigos, da maldição de mãe, maldição de parentes ou de outras pessoas. 

Liberta-me, Senhor Jesus! Arranca de mim todo o choro contido, toda lágrima, toda a dor que eu tenho carregado em meu peito. Venha em meu socorro, Jesus. Liberta-me de toda a maldição em forma de palavras, de frases, de situações. Lava-me com o teu sangue; liberta o meu coração, meu Senhor.Eu tenho valor, Senhor. Eu sou a sua imagem e semelhança.


Arranca de mim toda a angústia, todo sentimento profundo de desvalorização da minha própria pessoa. Lava-me, Senhor, com teu sangue. Purifica-me, Senhor. Cura o meu coração ferido, cura a minha história, Senhor. Cura a minha auto-imagem.

Senhor, toca naquela dor mais profunda do meu ser que, 
desde a minha infância, eu trago comigo. Corta todas essas maldições, Senhor. Nós estamos agora sentindo os teus cuidados.
Obrigado, meu Jesus!
Amém.”

Trechos do livro: Cura das feridas interiores de Ir.Maria Eunice

http://cancaonova2.hdtvweb.net/porta_a_porta/cura_das_feridas_interiores.pdf


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