At:3,1-10 e Lc:24,13-35;
Queridos irmãos, quero refletir com vocês sobre a liturgia do dia de hoje, e parar em alguns versículos que mexeram comigo. Ficaram fortes, dentro de mim. E assim quero parar neles.
Na primeira leitura narra que um coxo de nascença pedia esmolas à porta do templo.
Quantos milhões de pessoas são coxos e pedintes de esmola e, digo, não é falta de firmeza nos pés e tornozelos, que equilibram o corpo, mas são coxos porque não firmam a sua vida em Jesus. Não andam na direção certa que é Jesus. E ficam à porta do templo.
Meus irmãos, realmente são incontáveis para nós, a quantidade de pessoas que ficam à porta do templo e não entram. A porta para a felicidade, a porta para o sentido da vida, a porta para a alegria, a porta para a esperança é Jesus.
Ele disse um dia para mim e algumas pessoas através de uma moção profética: Eis que abrirei todas as portas e não deixarei nenhuma fechada.
Jesus abre todas as portas para nós, só que ele nos deu livre arbítrio. Então a porta está aberta mas quem tem que entrar sou eu. É você. Há uma necessidade de iniciativa minha, uma iniciativa humana, pois Deus não nos obriga a nada, ele nos respeita.
Quando Pedro e João disseram: olha para nós, ele os olhou com atenção.
“4.Pedro fitou nele os olhos, como também João, e disse: Olha para nós. 5.Ele os olhou com atenção esperando receber deles alguma coisa.”
Quando a gente vai pedir algo ao nosso Deus é preciso olhar. Não basta pedir. Quem olha para Jesus, quem vê tudo o que ele passou por nós. Quem reconhece que ele foi esmagado pelo sofrimento. Que ele foi desfigurado e que ressuscitou. Ele passa a ter intimidade com Jesus. E nessa intimidade você entra no grande templo que é o coração de Jesus. Você conquista o coração de Jesus.
“8.Entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus.”
E nessa intimidade a alegria chega. O louvor é restaurado, renovado em nós.
Quando os discípulos de Emaús, conversavam no caminho, a gente percebe pela conversa que eram íntimos de Jesus, que viram os milagres que ele fizera, que viram ele pregar, que conviveram com ele.
Mas que mesmo assim, os seus corações se fecharam para a verdade, se fecharam para o amor, se fecharam para a intimidade com Jesus, porque naquela circunstância Jesus era um derrotado, um sofredor, um farrapo humano, perseguido e humilhado.
Então, preferiram fechar os olhos, porque o ser humano não sabe lidar com os fracassos, com as derrotas, com as humilhações.
Então, vejam o diálogo no versículo 25. “Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas”!
Como tudo é tão claro na nossa vida e fingimos não ver. Fingimos não caminhar, preferimos ser eternas crianças na fé, ao invés de desejar a maturidade espiritual.
Para ajudar aqueles dois, Jesus veio disfarçado. Quantas vezes Jesus vem na nossa vida, quando estamos incrédulos, sem ânimo, tristes e abatidos e ele envia o irmão para nos ajudar e nós, insistimos em não querer entrar no templo apesar da porta está aberta.
Ele envia alguém para nos ajudar mas quem tem que querer é você. Jesus não invade a sua vida. Ele te proporciona a possibilidade de entrar, de ter intimidade com ele.
Quando os discípulos abriram o coração, aceitando Jesus a intimidade ocorreu.
Vamos prosseguir no versículo 29. “Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles”.
Jesus não nega ajuda a ninguém e abre todas as portas. Nós é que fechamos os olhos. Meus irmãos é preciso reconhecer e abrir os olhos e olhar. Olhe, veja. Abra os ouvidos, sinta. É muito linda a palavra:"Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapareceu.”
Jesus manda alguém para nos ajudar, para que depois possamos ajudar os outros. Jesus abre o nosso coração e o nosso entendimento e nos livra do sofrimento, das prisões, das cadeias que nos amarram, utilizando o irmão.
Jesus vem através do irmão para nos acolher, para nos amar, para nos envolver, para nos amparar. Que linda é a palavra, ela é alimento espiritual. É alimento para a vida
“Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam”.
Portanto, quando temos intimidade com Jesus o nosso coração arde de amor. É um amor muito lindo que o mundo não pode compreender e paramos de olhar só para nós. Olhamos para o outro. Olhamos para aquele que sofre e a venda cai dos nossos olhos. Passamos a ver o irmão com amor. 11.04.2012
Augusta Moreira dos Santos
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