sábado, 5 de novembro de 2011

Diferença entre Oração de Exorcismo e Oração de Libertação

Convém uma explanação sobre a diferença entre exorcismo e oração de libertação. A oração de exorcismo é fácil: é a oração litúrgica que encontramos no ritual dos exorcismos.

O exorcista autorizado pode usar da oração litúrgica, enquanto que o sacerdote não autorizado limita-se a fazer orações de libertação.

As orações de libertação consistem, em definitivo, em orações livres encontradas em livros que não são litúrgicos. Não orações litúrgicas, mas orações onde o sacerdote, por força da sua ordenação sacerdotal, da sua fé, do seu batismo ordena ao inimigo para sair, para deixar a pessoa.

Também os leigos podem fazer orações de libertação. Todavia, um documento de 1989, da Congregação para a Doutrina da Fé, assinado pelo Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, tem limitado, ou melhor, colocado de sobreaviso muitos, inúmeros fiéis que fazem orações de libertação.

O Cardeal Ratzinger disse, entre outras coisas, que durante estas orações de libertação os leigos não devem endereçar as ordens ao diabo porque, pode ser entendido como uma provocação ao diabo, podendo ser eles mesmos, objetos de ataques da parte dele. (Cf. Atos 19, 11-16).

Exemplificando, um padre não arrisca muito quando na oração diz: “Eu te ordeno, espírito maligno, no Nome de Jesus, para deixar esta pessoa”. Aqui temos uma ordem direta a um espírito no Nome de Jesus, de deixar uma pessoa. O exorcista o faz com segurança, mas pode fazê-lo qualquer sacerdote que esteja um pouco preparado.

Para estarem protegidos, e isto vale sobretudo, para os leigos ou para os sacerdotes que não se sentem preparados para enfrentar um ataque direto do diabo, a oração de libertação pode ser dita desta forma:

Senhor Jesus, eu peço, no Teu nome, expulse este espírito maligno desta pessoa!”.

Portanto, ao invés de mandar o espírito sair, interpelo a Jesus para que expulse o espírito daquela pessoa. Nesse caso não luto diretamente com o diabo, mas me reporto a Jesus para que seja Ele a enfrentar a luta.

O resultado é o mesmo, porque esta oração não é menos eficaz que a outra, simplesmente é mais cautelosa porque não enfrenta diretamente a luta com o diabo. O diabo pode ser comparado com um cachorro raivoso, que entrou em sua casa e você tenta expulsá-lo de lá. Este não abaixa a cabeça e sai! Ele reage um pouco, não?

Assim, o inimigo pode atacar em um instante, através de grandes tentações, ou outras formas de distúrbios, a pessoa que tentar expulsá-lo.

Isto é o que a Igreja sugere. A Igreja hoje recomenda que os leigos não usem mais o exorcismo de Leão XIII. De fato, nesta oração se manda diretamente o diabo sair. Portanto, é melhor interpelar Jesus para que expulse o demônio.

*Observemos que nem os anjos ordenam diretamente a Satanás: “E o anjo do Senhor disse a Satã: ‘Que o Senhor te reprima, Satã, que o Senhor te reprima…” (Zc 3,2).

“Quando o Arcanjo Miguel disputava com o diabo o corpo de Moisés, não se atreveu a condená-lo com insultos, mas disse: O Senhor te repreenda” (Jd 9).

Fontes: Cura do Mal e Libertação do Maligno – Frei Elias Vella
Bíblia Sagrada.

Ir. Suzana do Coração Agonizante de Jesus, pjc
Fratérnitas Sagrado Coração de Jesus – Penha

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