Vou começar com a palavra:
Em Números 21,4, diz que
durante a viagem, o povo começou a impacientar-se, e se pôs a falar contra Deus
e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no
deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”.
Em sequencia a palavra diz: Então o Senhor
mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam;
Assim, o povo então reconhece o seu erro e
pede a intervenção de Moisés e Deus não deixa de enviar as serpentes, mas manda
a Moisés que se faça uma serpente de metal e que ela seja erguida e que todos
que forem picados ao olharem para ela serão curados.
Veja a correlação do antigo com o novo
testamento:
“Jesus explica ao povo em Jo 3,14-15 que
do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário
que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenha a
vida eterna” (Jo, 3, 14-15).
A solução para o povo não morrer, era
olhar para a serpente, ou seja, para o pecado cometido. E ao reconhecer o erro
e obedecer a Deus a cura chegou para eles. Ficaram livres do veneno, livres da
contaminação, livres do pecado, livres da morte.
Jesus diz que é preciso ocorrer o mesmo
com o filho do homem. De ele ser levantado no madeiro e que todos que crerem
nele terá a vida eterna.
É verdade, Jesus se fez pecado, Jesus se
fez maldição e todo àquele que olhar para Jesus, para o crucificado, será
livre, livre da morte espiritual, ganhará a salvação. Terá a vida eterna.
Volto, então, às palavras de Jesus, que
diz: Aquele que me enviou está comigo. “Ele não me deixou sozinho, porque
sempre faço o que é de seu agrado”.
Dá para notar porque estamos sozinhos,
porque não fazemos o que é do agrado de Deus. Temos feito tanta coisa, às vezes
agradamos nossa mãe, nossos irmãos, o nosso patrão, o nosso vizinho, um membro
da comunidade, mas não agradamos o Senhor dos Senhores.
Não fazemos o que é do agrado de Deus,
porque queremos fazer a nossa vontade, o que a nossa mente pecadora ordena, e
nos tornamos como aquele povo que queria ir para a terra prometida e que apesar
de tantos milagres ocorridos na vida deles passar a pé enxuto no mar velho,
onde ele se abriu e o povo passou, esquecendo tudo isso e muito mais.
E nós? Para dizer a verdade essa história
eu já conheço, pois ela ocorreu comigo, em circunstâncias e situações
diferentes, mas ocorreu comigo.
E por ter esquecido de que senti o Poder e
o Amor de Deus, reclamei, murmurei e me afastei do Senhor e veio não uma picada
de cobra, mas a perda do emprego, a perda dos bens materiais, a doença, o risco
de perder a vida, sete dias seguidos internada num hospital sem poder tomar
sequer água e enquanto não olhei para o Cristo crucificado, enquanto não
reconheci que errei, enquanto não voltei para o Senhor, às coisas não
melhoraram.
E te digo só voltei a ter vida quando
passei a agir da forma que agrada o Senhor, ou seja, buscando a santificação,
buscando ser uma pessoa melhor. Reconhecendo que não são as pessoas que têm que
mudar, mas sim quem tem que mudar é eu, dando o perdão, amando mais o meu
semelhante, ajudando o meu inimigo, orando por aqueles que me fazem mal,
aceitando as humilhações, deixando o orgulho de lado, reconhecendo que Deus é o
Senhor de tudo.
Deus sendo o Senhor de tudo ele cuida de
mim. E te digo é verdade, ele cuida. Não me falta nada. Hoje, tenho tudo,
porque tenho Deus. O que falta ele completa. Porque olhei para o Senhor. E ao
olhar ele me curou interiormente de muitas coisas. Ele tirou a venda dos meus
olhos, ele abriu o meu coração para o amor.
Glória a Deus.
Augusta Moreira dos Santos
Comunidade São Francisco de Assis.
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