Amados irmãos,
Hoje me dirijo a você para falar de um assunto que é pouco
abordado, mas que é uma realidade que precisa ser
vivida por nós.
Falo da revolta, do julgamento, da depressão, da
desarmonia, da confusão e desentendimentos feitos e sofridos por nós, tanto na Igreja quanto fora dela.
Tudo está no fato de não nos conhecermos, não sabermos da obra da criação do mundo, como surgimos, porque vivemos e qual o significado da vida para nós.
Tudo está no fato de não nos conhecermos, não sabermos da obra da criação do mundo, como surgimos, porque vivemos e qual o significado da vida para nós.
É preciso resgatar nossas origens e digo ainda mais, neste
resgate e até mesmo na contextualização histórica, necessário é voltarmos às origens, para podermos através da realidade bíblica,
entender, aceitar e voltar a ter unidade com Deus, colocando-o no centro de
nossas vidas.
Veja que na decaída, através de Adão e Eva, submetemos a
transgressões e essas têm vindo de geração em geração.
Através da desobediência, tentamos cumprir o papel cuja função é de Deus e com isso, perdemos a capacidade de cumprir aqueles para os quais fomos criados.
Através da desobediência, tentamos cumprir o papel cuja função é de Deus e com isso, perdemos a capacidade de cumprir aqueles para os quais fomos criados.
Vemos meus irmãos, que precisamos reconciliar a vida com a
forma como Deus a criou, com a ordem criada. Ao ir adquirindo a liberdade
interior, começamos a obedecer a Deus, a perceber o seu amor misericordioso para conosco.
Quando Adão e Eva descumpriram a ordem dada pelo nosso pai
celestial, eles começaram a ter vergonha, a se esconder, a mentir, e ouve a transgressão
porque queriam ser mais que Deus.
E hoje, estamos cegos, não percebemos que a mídia, que a
sociedade, nos tem levado ao caminho errôneo e temos consciência disso. Mas fingimos não ver.
Na Igreja temos olhado os defeitos das pessoas e não as virtudes. Temos julgado a todos. Enxergamos de longe o cisco do olho dos irmãos, mas não vemos uma bela trave nos nossos próprios olhos.
Na Igreja temos olhado os defeitos das pessoas e não as virtudes. Temos julgado a todos. Enxergamos de longe o cisco do olho dos irmãos, mas não vemos uma bela trave nos nossos próprios olhos.
E o pior, meus irmãos, que fiz isso inúmeras vezes e achava
que estava certa. O pecado nos cega.
O pecado não nos faz ver o óbvio e a única forma da gente
ser feliz e livre é conhecer a nossa história da criação e da salvação.
Porque ao conhecer a história vou poder reviver e
transformar o que precisa nela na realidade da minha vida.
Ao compreender que Deus é o criador de todas as coisas, que
foi ele que criou o céu, o mar, os animais, as plantas e tudo o mais e
inclusive nós, mudamos o nosso foco, a nossa visão e vamos nos convencendo do projeto de Deus, do projeto de amor para conosco.
Quando Adão e Eva pecaram, deixaram de ter um
relacionamento de intimidade com Deus e deixaram de ter um relacionamento de
intimidade com o próximo.
Tanto que Deus criou a mulher, porque viu que só ele Deus não
satisfazia ao homem, era necessário partilhar, ter alguém na mesma situação, na
mesma realidade humana também, além de Deus.
Na desobediência tiveram vergonha até da nudez. Ao ter
vergonha começaram a esconder.
E o que faz a falta de diálogo entre as pessoas é
exatamente isso não viver a verdade, sem ter vergonha, viver a verdade como ela
é, sem mentiras, sem disfarces, conhecereis a verdade e ela vos libertará.
Quando reconhecemos que Deus é o Criador de tudo e que a
obediência a ele, é uma necessidade, para a nossa paz, para a nossa alegria e
ao percebermos que precisamos das pessoas, como Adão precisou de Eva para ser
feliz, nós precisamos de amigos, de família de servos, para que a felicidade
seja completa. O homem não é feliz sozinho.
Ao conhecer a nossa história, vamos almejando a mudança e desistimos
do papel de bancar o juiz de nós mesmos e dos outros, deixando de lado o
julgamento, a condenação, a ira, a vergonha e assim por diante, para ficarmos
livres para apreciar a nós mesmos e aos outros como somos.
Entendendo, que não somos Deus, temos liberdade para
ser como realmente somos e permitir que os outros sejam como realmente são.
Daí, desistimos de tentar controlar as coisas que não
podemos controlar e nos rendemos e confiamos no controle de Deus.
Além disso, recuperamos o controle daquilo que fomos
criados para controlar, ou seja, nós mesmos.
Recuperamos o fruto do “autocontrole”.
Desse modo, temos a Deus como fonte de poder e as outras
pessoas para nos dar apoio.
Não estamos mais sozinhos, com nossa rebeldia. Temos uma
nova natureza que é fornecida por Deus para que o sigamos e nos submetamos a
ele e temos pessoas para nos ajudar a fazer isso que é tão importante.
Daí, meus irmãos, tornamo-nos dependentes e desistimos da
nossa condição de independentes diante de Deus e dos outros.
Como Paulo explica: “Antes vocês estavam separados de Deus
e, na mente de vocês, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês” (Cl
1.21).
Adão e Eva se tornaram auto-suficientes, pessoas controladoras e
julgadoras que viviam sob suas próprias regras, achando que essa inimizade
existia.
Nós ficamos cegos e realmente não percebemos, nós julgamos, ao
julgar o outro pode observar ou você é daquela forma que você está vendo o irmão
ou já foi daquela forma, como a mesma medida sereis medidos e digo que não é no
fim do mundo, é no nosso cotidiano.
Adão e Eva perderam outro relacionamento indispensável,
aquele que tinham entre si, ficaram “nus e envergonhados, perderam a
intimidade, até (entre os dois), tanto que se cobriram.
Não há como termos uma vida nova sem a restauração do
relacionamento humano e da volta do Poderio do Senhor nosso Deus, que nos
criou.
Devíamos desfrutar tudo o que Deus tinha nos dado, mas não
tentar ser Deus e julgar.
Deus será a origem da cura e do crescimento se nos voltarmos
para ele.
Somente Deus pode julgar e não devemos assumir esse papel, mas
se o fazemos é pelo pecado, mesmo.
Deus fez as regras e nós devemos obedecer. Os papéis são claros. Deus determinou como a vida dever
ser e sob que regras devem ser vividas. Nosso papel é o da obediência.
Deus não nos perguntou ao impor as regras e o desígnio da vida.
Deus não nos indagou se era uma boa idéia que cuidássemos dos animais,
dominando-os. Não nos perguntou se tinha escolhido as árvores certas para
comermos. Não nos pediu opinião se a idéia do homem e da mulher era boa. Ele
simplesmente criou a realidade e depois nos mandou obedecê-la.
A Libertação nos leva de volta a esses relacionamentos. Faz-nos reconciliar
com Deus pela fé e pelo perdão, e restabelece a ligação.
Depois, nos leva de volta para restaurar a legítima ligação com
as pessoas, pois reforça o amor, a identificação com nosso semelhante, a
preocupação com o outro, o perdão, a cura, a instrução, a correção, etc.
Retornamos a Deus em busca de força, verdade, cura, proteção,
correção e muitas outras coisas.
Portanto, concluímos que há uma necessidade básica, da volta da amizade com Deus e a restauração do
relacionamento humano e que vamos conseguir com a ajuda de pessoas, com a
leitura da bíblia, através do silêncio e de tantos outros meios que Deus nos
fornece.
Que Deus nos conceda essa graça da obediência e da unidade.
Augusta Moreira dos Santos
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