terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A volta da amizade com Deus e a restauração do relacionamento humano





Amados irmãos,

Hoje me dirijo a você para falar de um assunto que é pouco abordado, mas que é uma realidade que precisa ser vivida por nós.

Falo da revolta, do julgamento, da depressão, da desarmonia, da confusão e desentendimentos feitos e sofridos por nós, tanto na Igreja quanto fora dela.


Tudo está no fato de não nos conhecermos, não sabermos da obra da criação do mundo, como surgimos, porque vivemos e qual o significado da vida para nós.

É preciso resgatar nossas origens e digo ainda mais, neste resgate e até mesmo na contextualização histórica, necessário é voltarmos às origens, para podermos através da realidade bíblica, entender, aceitar e voltar a ter unidade com Deus, colocando-o no centro de nossas vidas.

Veja que na decaída, através de Adão e Eva, submetemos a transgressões e essas têm vindo de geração em geração. 


Através da desobediência, ten­tamos cumprir o papel cuja função é de Deus e com isso, perdemos a capacidade de cumprir aqueles para os quais fomos criados.

Vemos meus irmãos, que precisamos re­conciliar a vida com a forma como Deus a criou, com a ordem criada. Ao ir adquirindo a liberdade interior, começamos a obedecer a Deus, a perceber o seu amor misericordioso para conosco.

Quando Adão e Eva descumpriram a ordem dada pelo nosso pai celestial, eles começaram a ter vergonha, a se esconder, a mentir, e ouve a transgressão porque queriam ser mais que Deus.

E hoje, estamos cegos, não percebemos que a mídia, que a sociedade, nos tem levado ao caminho errôneo e temos consciência disso. Mas fingimos não ver.


Na Igreja temos olhado os defeitos das pessoas e não as virtudes. Temos julgado a todos. Enxergamos de longe o cisco do olho dos irmãos, mas não vemos uma bela trave nos nossos próprios olhos. 

E o pior, meus irmãos, que fiz isso inúmeras vezes e achava que estava certa. O pecado nos cega.

O pecado não nos faz ver o óbvio e a única forma da gente ser feliz e livre é conhecer a nossa história da criação e da salvação.

Porque ao conhecer a história vou poder reviver e transformar o que precisa nela na realidade da minha vida.

Ao compreender que Deus é o criador de todas as coisas, que foi ele que criou o céu, o mar, os animais, as plantas e tudo o mais e inclusive nós, mudamos o nosso foco, a nossa visão e vamos nos convencendo do projeto de Deus, do projeto de amor para conosco.

Quando Adão e Eva pecaram, deixaram de ter um relacionamento de intimidade com Deus e deixaram de ter um relacionamento de intimidade com o próximo.

Tanto que Deus criou a mulher, porque viu que só ele Deus não satisfazia ao homem, era necessário partilhar, ter alguém na mesma situação, na mesma realidade humana também, além de Deus.

Na desobediência tiveram vergonha até da nudez. Ao ter vergonha começaram a esconder.

E o que faz a falta de diálogo entre as pessoas é exatamente isso não viver a verdade, sem ter vergonha, viver a verdade como ela é, sem mentiras, sem disfarces, conhecereis a verdade e ela vos libertará.

Quando reconhecemos que Deus é o Criador de tudo e que a obediência a ele, é uma necessidade, para a nossa paz, para a nossa alegria e ao percebermos que precisamos das pessoas, como Adão precisou de Eva para ser feliz, nós precisamos de amigos, de família de servos, para que a felicidade seja completa. O homem não é feliz sozinho.

Ao conhecer a nossa história, vamos almejando a mudança e desistimos do papel de bancar o juiz de nós mesmos e dos outros, deixando de lado o julgamento, a condenação, a ira, a vergonha e assim por diante, para ficarmos livres para apreci­ar a nós mesmos e aos outros como  somos.

Entendendo, que não somos Deus, temos liberdade para ser como realmente somos e permitir que os outros sejam como real­mente são.

Daí, desistimos de tentar controlar as coisas que não podemos con­trolar e nos rendemos e confiamos no controle de Deus.

Além disso, recuperamos o controle daquilo que fomos criados para controlar, ou seja, nós mesmos.

Recuperamos o fruto do “autocontrole”.

Desse modo, temos a Deus como fonte de poder e as outras pessoas para nos dar apoio.

Não estamos mais sozinhos, com nossa rebeldia. Temos uma nova natureza que é fornecida por Deus para que o sigamos e nos submetamos a ele e temos pes­soas para nos ajudar a fazer isso que é tão importante.

Daí, meus irmãos, tornamo-nos dependentes e desistimos da nossa condição de independentes diante de Deus e dos outros.

Como Paulo explica: “Antes vocês estavam separados de Deus e, na mente de vocês, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês” (Cl 1.21).
Adão e Eva se tornaram auto-suficientes, pessoas controladoras e julgadoras que viviam sob suas próprias regras, achando que essa inimizade existia.
Nós ficamos cegos e realmente não percebemos, nós julgamos, ao julgar o outro pode observar ou você é daquela forma que você está vendo o irmão ou já foi daquela forma, como a mesma medida sereis medidos e digo que não é no fim do mundo, é no nosso cotidiano.
Adão e Eva perderam outro relacionamento indispensável, aquele que tinham entre si, ficaram “nus e envergonhados, perderam a intimidade, até (entre os dois), tanto que se cobriram.
Não há como termos uma vida nova sem a restauração do relacionamento humano e da volta do Poderio do Senhor nosso Deus, que nos criou.
Devíamos desfrutar tudo o que Deus tinha nos dado, mas não tentar ser Deus e julgar.
Deus será a origem da cura e do crescimento se nos voltarmos para ele.
Somente Deus pode julgar e não devemos assumir esse papel, mas se o fazemos é pelo pecado, mesmo.
Deus fez as regras e nós devemos obedecer. Os papéis são claros. Deus determinou como a vida dever ser e sob que regras devem ser vividas. Nosso papel é o da obediência.
Deus não nos perguntou ao impor as regras e o desígnio da vida. Deus não nos indagou se era uma boa idéia que cuidássemos dos animais, dominando-os. Não nos perguntou se tinha escolhido as árvores certas para comermos. Não nos pediu opinião se a idéia do homem e da mulher era boa. Ele simplesmente criou a realidade e depois nos mandou obedecê-la.
A Libertação nos leva de volta a esses relacionamentos. Faz-nos reconciliar com Deus pela fé e pelo perdão, e restabelece a ligação.
Depois, nos leva de volta para restaurar a legítima ligação com as pessoas, pois reforça o amor, a identificação com nosso semelhante, a preocupação com o outro, o perdão, a cura, a instrução, a correção, etc.
Retornamos a Deus em busca de força, verdade, cura, proteção, correção e muitas outras coisas.
Portanto, concluímos que há uma necessidade básica, da volta da amizade com Deus e a restauração do relacionamento humano e que vamos conseguir com a ajuda de pessoas, com a leitura da bíblia, através do silêncio e de tantos outros meios que Deus nos fornece.

Que Deus nos conceda essa graça da obediência e da unidade.

Augusta Moreira dos Santos

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