Queridos irmãos, hoje quero refletir sobre o quanto a morte de Jesus fez diferença na vida em especial de um homem muito importante.
Veja o Poder extraordinário do nosso Deus, criador de todas as coisas, que mudou interiormente a forma de pensar e agir de um homem que não assumia sua fé perante a sociedade.
Penso na sabedoria de Deus e na sua palavra que é tão atual com discípulos tão semelhantes na maneira de pensar e agir desde os primórdios dos tempos, porém, cada um com uma digital diferente, e essa verdade é tão completa que não há no mundo nenhuma pessoa com a digital igual a da outra.
Fico refletindo nos Pedros e Paulos, Tomés e Judas da vida. E são tantos nos dias atuais, que quando vimos um seguidor de Jesus, fazemos até comparações com aqueles homens daquela época.
Hoje, em especial, quero meditar sobre um homem que raramente falamos, ou melhor, até o fazemos, mas normalmente na época da quaresma.
Quero falar sobre um homem rico, senador da época, membro do Sinédrio, do Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu, o então, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus às escondidas.
Mas como alguém pode ser discípulo de Jesus às escondidas? É o que diz em João 19,38. É que José de Arimatéia tinha medo dos Judeus. Diz o texto:“Depois disso, José de Arimatéia pediu a Pilatos para retirar o corpo de Jesus; ele era discípulo de Jesus às escondidas, por medo dos judeus. Pilatos o permitiu. José veio e retirou o corpo”
Como pode um medroso ter uma iniciativa dessas? Ele com certeza conhecia de forma mais íntima Pilatos. Só posso pedir algo a uma autoridade quando estou próxima a ela. E quando não tenho medo de fazê-lo.
José, que tinha medo de ser discípulo não o teve de pedir o corpo do Senhor.
Ele temia represálias, mantendo o amor por Cristo em segredo, não por medo das autoridades, mas do povo.
Quantos de nós, nos dias atuais, temos diversos medos em vivenciar a nossa fé, em tomar uma posição diante da verdade que é necessária.
A palavra de Deus esclarece que devemos viver a verdade pois é ela que nos libertará.
Quando José de Arimatéia tomou a atitude de assumir sua fé, não deixando o corpo de Jesus a mercê daquele povo insensato, ele naquele momento, tomou a grande decisão de ser livre, de assumir aquilo que durante a vida de Jesus ele não teve coragem, que era de um homem que acreditava em Deus e no seu filho Jesus.
José assumiu sua fé diante das autoridades, como teria assumido sua fé diante de quem precisasse.
Hoje, a gente percebe que muitos têm vergonha de assumir sua fé, no seu local de trabalho, entre os seus familiares, na sociedade em geral.
Há aqueles que têm medo de assumir essa mesma fé até para eles próprios. Quantos deixam de cumprir a missão que Deus designou nas suas vidas, porque não querem correr riscos. Preferem uma vida acomodada.
Portanto, meus irmãos, concluímos com essa reflexão, que Cristo não morreu em vão e que uma das primeiras mudanças visíveis com a morte de Jesus e morte de Cruz, foi a mudança de José de Arimatéia, um homem rico, nobre, magistrado, poderoso e que decidiu depois de ver todo o sofrimento de Jesus, a ser livre.
Livre em Deus. Livre de seus condicionamentos. Livre de suas idéias errôneas. Livre para fazer o que é correto. Livre para Amar.
Quantos ocultaram o amor por Jesus e hoje são capazes de dar as suas vidas por ele. Há também, aqueles que criticavam a Igreja e os servos de Deus e hoje caminham juntos. Quantos testemunhos já ouvimos de pessoas que não acreditavam em Jesus e hoje testemunham o seu Poder.
Pessoas antes da conversão, algumas audaciosas, outras medrosas, aquelas mais calmas, tantas que eram ousadas, pobres ou ricas e, umas até ignorantes. Gente como a gente. Gente que na atualidade faz a diferença e muitos conservam ainda o temperamento e o jeito característico e individual de ser. Mas que têm amor no coração.
Irmãos, o grande diferencial está em acreditar naquele que foi criticado, humilhado e que venceu a morte. A vitória da cruz.
Irmãos, o grande diferencial está em acreditar naquele que foi criticado, humilhado e que venceu a morte. A vitória da cruz.
Vamos então, a exemplo de José de Arimatéia, buscar a liberdade interior, o auto-conhecimento e tomar uma atitude na vida. Assumindo a nossa vocação. Fazendo diferença.
Que Deus nos conceda essa graça de através do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, derramado por amor de todos, de obter a liberdade de filhos de Deus, assumindo a nossa fé.
Augusta Moreira dos Santos.
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