domingo, 4 de março de 2012

UM VELÓRIO DIFERENTE





Desde que fiz a escola de líderes, “Formar para a santidade”, uma inquietação interior, adentrou em mim. É certo que durante um ano consecutivo, viajei por várias partes do país, em busca da cura interior e libertação. 

Mas atrás desse interesse havia a graça de Deus e pela graça, um projeto do Senhor.

Algo novo, um quebra cabeças, um labirinto onde as idéias estão sendo formadas.

Para isso, tomei a decisão de me enfrentar, de vencer as dificuldades internas e uma das maiores encontradas, foi o fato de que os pastores reclamam que falo muito e as ovelhas gostam que fale, inclusive minha família.

A luta a ser travada era pastor x ovelhas. 

Não, na verdade a luta a ser travada era dentro de mim, pois de nada adianta ter dom disso ou daquilo, se não usar com responsabilidade.

Ficava muito triste com essa situação e por isso, resolvi sacrificar o meu “eu”, fazendo um DESERTO.

Ao me me afastar, percebi passado uns dois dias, que havia sido derrubada a construção, foi passado o trator. 

Estava passando pelo processo de purificação.

Comecei a interceder com muito amor pelo “X"da questão e percebi que a minha oração de intercessão pela primeira vez, estava sendo feita com amor. 

Agradeci essa dádiva dos Céus, rezar sem querer algo em troca, sem nenhum comércio interesseiro com Deus por aquilo que estava afetando o meu interior.

Descobri tantas coisas na oração e na palavra. A intimidade com a palavra de Deus, veio de uma forma deslumbrante.

Hoje, me lembrei da Emmir e resolvi ler Mateus 5, 6 e 7. Foi simplesmente maravilhoso. Deus foi me mostrando tesouros escondidos. 

Ali realmente está a receita da felicidade. É só tomar o remédio.

O melhor de tudo, foi quando olhei para duas estampas, uma de Jesus e outra de Maria.

Ao olhar para eles, lembrei de uma missão, com uma determinada pessoa que implicaria em sacrificar o estimado dom, aquilo que mais prezava. 

Só que tive uma surpresa celestial, pois olhei para dentro de mim e vi algo diferente. Não sinto mais que é fundamental “eu” falar. 

Posso ficar sem pregar. Não vai mais doer dentro de mim, o fato de não falar, ao contrário de antes.

Descobri que quando a gente sacrifica algo a favor do Reino, Deus nos dá muito mais. 

Então ao me isolar, mesmo as pessoas me questionando, como minha mãe, meu sobrinho, minha irmã, quis me afastar e recebi essa graça imensa.

Partilho com vocês, que nesse enterro estavam Jesus e Maria. 
Com um sorriso nos lábios pude enterrar algo que me escravizava.

Ainda continuo achando que quem tem o dom é para exercitá-lo, colocando as ferramentas certas para desenvolver um bom trabalho. O que não posso é usar isso como desculpa para satisfazer à minha vontade.

Na verdade estava ao invés de servir, servindo-me do dom e o pior enganando a mim mesma.

Glória a Deus, por ter entendido isso.

Portanto, o entendimento que tenho, é que o dom é para ser usado quando for necessário, mas nunca tomando posse daquilo que é de Deus.

Continuarei no meu deserto para que através da palavra do Senhor, eu seja curada de outros males que o meu interior padece.

Que Deus nos dê sabedoria e discernimento espiritual para prosseguir na caminhada, buscando a santidade.

Augusta Moreira do Santos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário