sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Por que tarda a vir o Triunfo do coração desta Mãe?

nossa senhora
Queridos filhos!

É uma graça muito grande poder estar aqui, presente, hoje, neste dia do Senhor. Nesta tarde, que Deus preparou para todos nós e, em especial, para os corações dos filhos que estão aqui. Esses filhos que vieram por amor, pela fé, pela humildade, pela simplicidade. Vieram, porque são filhos como Deus quer que sejam: instrumentos de paz. Filhos que levem a paz e falem de paz.

Quando se fala de paz, fala-se de Deus, porque a nossa paz é Deus. Ele é a nossa paz! É a nossa esperança!

Hoje, o nosso coração vive a esperança, porque esperamos no Senhor.

Toda a nossa caminhada sobre este mundo – muitas vezes, árdua, difícil, pesada – leva-nos a ter, sempre, a certeza de que o Senhor vai fazer em nossa vida um milagre.

E Ele faz. Deus faz milagre e nós acreditamos no milagre.

Acreditamos no milagre da presença de Deus em nossos corações e em nossas almas. No milagre da Palavra, que vem até nós, nos ensinando.

No milagre da cura, da libertação, da transformação de nossas famílias.

No milagre da fé viva no coração de todo o povo de Deus.

A nossa vida, hoje, é a Misericórdia de Deus e tudo o que estamos recebendo – tantos presentes, tantas graças, tantos tesouros do Céu –, tudo isso é, verdadeiramente, o grande alimento e fortalecimento para todos nós.

Então, vamos pedir a Deus, de uma forma muito especial, que Ele venha nos conduzir a este ensinamento, a esta grande riqueza de aprender. Isso porque, muitas vezes, o homem está diante dos ensinamentos, mas, mesmo assim, ignora-os. E agindo dessa maneira, torna-se ignorante!

É por isso que, neste momento, precisamos ter sabedoria para entender.

Não é sabedoria, somente, para viver, mas, para entender a vida. É a sabedoria que nos faz compreender os mistérios. Aquela que nos leva a entender a caminhada e a batalha com Deus, como também, a saber vencê-la. Isso porque ninguém alcança uma grande riqueza sem luta.

Muitas vezes, vejo vocês cansados, ou, mesmo, pensativos, sempre procurando uma explicação.

Vocês ficam se perguntando por que demora tanto chegar a transformação?! Ficam se indagando por que tarda a vir o Triunfo do coração desta Mãe?!

Então, filhos, como Mãe de vocês, digo que a demora é necessária, porque aquilo que é bom virá.

Muitas vezes, quando as coisas vêm depressa demais nas mãos das pessoas, elas não sabem dar valor, porque o que se alcança muito rápido, não se valoriza.

A vida é uma luta constante e só se aprende a dar valor naquilo que se consegue com dificuldade. Não se valoriza aquilo que é fácil. Hoje, o homem tem tantas facilidades, e é, por isso, que vive tão sozinho.

As crianças dos dias atuais têm tantas maneiras para aproveitarem a infância; contudo, não vivem, de fato, uma infância. Isso acontece porque elas não têm aquilo que é mais importante: o amor, o carinho, a responsabilidade, a vontade de crescer com santidade. Hoje, os adultos e os jovens não mostram para as crianças a santidade com seus ensinamentos.

E é por isso que é necessária essa luta tão grande para alcançar o Triunfo do Coração desta Mãe, que está aqui diante dos olhos e dos corações de vocês.

A verdade é que o Triunfo do meu Imaculado Coração será a grande vitória. E essa vitória não será uma simples vitória, mas uma grande vitória!

Por enquanto, achamos que está demorando, mas quando alcançarmos a vitória, diremos como tudo foi lento!

Isso é lindo, filhos.

É lindo poder acreditar e esperar naquele que faz milagres, que é “O MILAGRE”.

Então, pense como será este mundo quando estiver longe de todo veneno do inimigo, das armadilhas do mal, da ganância, da violência, enfim, de toda maldade. Pense como será um lugar cheio de paz. As pessoas sentirão a presença constante da justiça e a igualdade reinará. Será muito bom. E, por ser bom, temos que lutar. Temos que batalhar pelo Triunfo do meu Imaculado Coração. E o Triunfo do meu coração é a coisa mais importante que precisamos alcançar nos tempos de hoje.

Estamos vivendo em uma época que falta à humanidade a alegria, a esperança, o sorriso. A humanidade parece estar fria, principalmente na fé.

Nós vemos um sol que brilha, mas, vemos, também, um homem que parece estar apagado. Isso porque o homem não deixa o Espírito Santo brilhar, iluminá-lo, conduzi-lo, tocá-lo.

Mas, vocês, que estão aqui, vieram pelo Espírito Santo. Ele os traz ao meu Coração e Eu os levo, imediatamente, ao Coração de Jesus.

Quando você vem aos pés da Mãe, de fato, está no Coração do Filho, e está para pedir aquilo que necessita para sua vida, seja material ou espiritual, seja no tempo, seja para o trabalho, para algo dentro da sua família, para o coração de seus filhos, de sua esposa ou do seu esposo...

Hoje, precisamos buscar a graça, porque Deus está dando graças para todos nós. Ele está derramando graças.

Aqui, estamos sobre uma fonte inesgotável de graças, e é, por isso, que viemos beber dessa água. Viemos nos lavar nessa água e nos purificar.

O povo de Deus, que vem a este Vale, vem trazido pela vontade do Céu, vem pela fé, movido por uma força interior muito grande, para se colocar nos braços de Jesus. Vem se entregar, completamente, à misericórdia de Deus. Como também, preparar-se, buscar força e ter força e caridade. Vem para abrir o coração e silenciar, e, assim, ouvir a resposta trazida do alto para nós.

Deus está falando conosco.

Estamos aqui no dia do Senhor, e é Ele que vem até nós.

Eu, Maria, sou, apenas, um instrumento nas mãos Daquele que é a graça. E toda essa graça é confiada ao meu Coração e ao coração dos filhos.

Então, temos que valorizar tudo isso. A nossa luta é uma luta linda demais! Nós não estamos lutando em vão.

Quantas coisas bonitas você já construiu em si mesmo. Quantas coisas você mudou na sua vida. Quantas transformações aconteceram em sua alma e em seu coração.

E Jesus sempre continua lhe pedindo: “Semeie a paz. Não deixe o orgulho dominá-lo. Não deixe o inimigo levá-lo a sentir tristeza. Seja um homem de Deus. Seja manso, prudente, sereno, sábio”.

Vejam quantas coisas lindas que recebemos na nossa vida. Por isso, devemos agradecer de joelhos. Agradecer, porque Deus é bom e nos ama!

Nós estamos recebendo o amor de Deus para que, assim, consigamos mudar a nossa vida – transformá-la, porque a nossa vida não é um acaso. A nossa vida é uma providência e uma bênção de Deus.

Então, hoje, cada um, no silêncio do seu coração, vai pedir a Deus essa graça.

Neste mês do Santo Rosário, você vai pedir a graça de ser um homem que entrega o seu coração para Deus. Um homem que evangeliza o mundo, porque Jesus está precisando muito de você.

Quando você vem aqui, Ele lhe mostra o quanto você precisa sair daqui evangelizado, para poder também evangelizar.

Entregue o seu coração a Deus. Entregue-se ao serviço da obra do Senhor, seja em sua família ou em sua comunidade. Leve essa graça de semear a paz. Leve a graça de dar o amor aos corações daqueles que mais necessitam de amor.

O mundo está muito carente, é uma carência que está dentro das pessoas.

Mas, Jesus vem trazer para nós, justamente, o fermento, que nos fará crescer para vencer as tempestades traiçoeiras e destruidoras, que vem do inimigo.

Dessa forma, o nosso coração e a nossa vida estarão nas mãos de Deus.

Daqui para frente, procurem viver uma vida com mais sabedoria e consciência. Busquem agir com generosidade, fraternidade, partilha e entrega. Procurem ter um coração bom.

Saibam que Deus nos ama. Nós somos os amados de Deus.

Ele nos escolheu.

Nesses tempos de hoje, temos a graça de estar diante da Palavra.

Eu estou, aqui, presente com vocês de corpo e alma. Vejo todos os meus filhos e amo todos vocês.

Vejo, não, somente, a beleza, mas também, o amor dos meus filhos.

Eu amo vocês!

Quando Eu olho para vocês, o amor domina a minha alma e o meu coração. O Senhor toma conta de todo o meu ser e o amor de Mãe se resplandece sobre todos os corações dos filhos que aqui estão.

É uma alegria ver que você vem, aqui, por amor ao meu Coração. É uma felicidade saber que deseja o Triunfo do meu Coração e quer a vitória para a Mãe de Deus, e vossa Mãe, com os filhos.

Você faz parte desta missão de vitória, porque luta por esta vitória. Você dedica seu trabalho a Deus e entrega seus dias de vida ao Senhor. Por isso, sinto-me feliz e coroada por vocês.

A oração, deste Santo Terço que Eu trago em minhas mãos, significa que é pela oração que se vencerá.

É pela oração que o mundo se transformará, purificará e libertará.

E Eu tenho certeza que, como Mãe do Santo Rosário e Mãe de Piedade, o mundo viverá o Triunfo do meu Imaculado Coração.

Isso será logo, porque o mundo precisa da vitória da Mãe de Deus, dos filhos de Deus e do Céu.

Nós estamos, aqui, pelo Céu e o Céu é a nossa vida.

Por isso, com grande carinho e amor, Eu quero abençoar todos os filhos aqui presentes.

Neste momento, Nossa Senhora abençoa todos os filhos presentes, enquanto cantam a música “Dai-nos a bênção...”

Queridos filhos!

Eu abençoei, carinhosamente, todos os filhos. Fiquei muito feliz com a união de vocês, hoje, aqui presente, diante dessa linda riqueza, que é a palavra de Deus.

Jesus nos falou, hoje, de maneira forte, sobre o Triunfo do meu Imaculado Coração, quando nos pergunta: “Você quer o Triunfo desta Mãe? E, nos encoraja: Então, lute por ele! Faça parte desta luta! Coloque-se nesta luta!”.

O Céu tem feito tudo por nós, mas é preciso que também nós façamos a nossa parte, fazendo a vontade de Deus em nossa vida.

Quando Deus o coloca neste Santuário, Ele quer que você pare e reflita: será que a minha vida está nas mãos de Deus? Será que eu me coloco nas mãos de Deus? Será que eu me ofereço e me entrego a Deus, todos os dias – no amanhecer, no entardecer, no anoitecer. Será que a cada momento da minha vida, estou deixando o Céu me conduzir?

É preciso saber que, hoje, a nossa missão é ser um instrumento, verdadeiríssimo, nas mãos de Deus.

Eu abençoe a todos vocês.

Essa bênção, de hoje, também foi para as minhas filhas, a Ana Clara, a Ana Luiza e a Beatriz, e para o meu filho Felipe, que são aniversariantes.

Abençoo, ainda, os filhos que estão completando anos de união matrimonial. Aqui, têm muitos corações que agradecem a Deus, neste mês do Santo Rosário, pela união matrimonial. Por isso, desejo que ofereçam os seus corações a Jesus e sejam uma família que ora. Lembre-se que Jesus disse: “A família que ora, estará, sempre, unida.”

Peço a Deus que também abençoe todos os casais que vivem em matrimônio e todas as famílias. Peço a Deus que a luz da vida matrimonial seja, sempre, o amor sem medidas!

Amar sem medidas é ter o amor de Deus, porque Ele é o único que nos ensina a amar, amar e amar, sempre.

Meu coração fica com vocês. Levo comigo o coração de todos.

Desejo que permanecem, aqui, protegidos pela bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Levo comigo as flores que, hoje, são os corações dos meus filhos que vieram aqui.

O Céu me chama e eis aqui a Serva do Senhor!

Fonte:http://valedaimaculadaconceicao.com.br/mensagens/mensagens-escritas/2012/165-outubro/419-mensagem-de-28-de-outubro-de-2012.html


terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Chamado dos apóstolos e como eles morreram


MATEUS 
Após a ressurreição de CRISTO, ele passou a pregar para os judeus. Fez do seu próprio país seu campo missionário. Apesar disso, morreu na Etiópia, como mártir.Era também chamado de Levi. Cobrador de impostos (, classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues às autoridade romanas) nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido à espada na cidade de Etiópia.

ANDRÉ 
Esse apóstolo era filho de um pescador da Galiléia de nome Jonas e era irmão de Pedro. Ele vivia em Cafarnaum e era um seguidor de São João Batista antes de ser apresentado a Jesus. Ao vê-lo, reconheceu-o imediatamente como sendo o Messias, e foi o seu primeiro apóstolo. Conta a Lenda que foi para a Grécia e pregou na província de Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Ali se tornou mártir e foi crucificado numa cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse. Foi crucificado e da cruz pregou ao povo até morrer. Séculos mais tarde, seus restos mortais foram levados para Escócia. O navio que os transportava naufragou em uma baía que assim foi denominado a Baía de Santo André. André pregou na Grécia e Ásia Menor.  Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus 10.2).

FILIPE 
Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-nos Policrates, um cristão que foi Bispo de Éfeso durante o séc. II, que Filipe foi para a Ásia e foi sepultado em Hierápolis. Pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis. Foi enforcado de encontro a um pilar em Hierápolis (Frígia, Ásia Menor). 

BARTOLOMEU 
As fontes da Igreja Primitiva são muito confusas quanto a este apóstolo. Diz a lenda que ele foi morto a chicotadas e seu corpo foi colocado num saco, atado e jogado ao mar.  Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná da Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.

SIMÃO 
Seu passado também é muito obscuro, mesmo durante a vida de CRISTO. Existe uma teoria que, por ele ser do partido dos Zelotes e todos os partidários foram massacrados por Roma em 70 d.C.; quando os Zelotes tomaram Jerusalém. O Zelotes foi crucificado. Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado. 

TIAGO MENOR 
Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado. Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62. Escreveu uma das epístolas bíblicas. Foi precipitado de um pináculo do templo de Jerusalém ao solo; a seguir, foi atacado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do sumo sacerdote Ananias.

JUDAS TADEU 
Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14, 22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. É autor de uma das cartas do Novo Testamento (Carta de Judas). Diz à tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, E dessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.

JUDAS 
Filho de Simão Escariotes. Ele traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se um dia após entregar Jesus às autoridades judaicas. Tirou sua vida e não acreditou no perdão de Deus. (Mateus 26,14-16; 27:3-5). Vemos duas interpretações para o seu ato: Que ele se enforcou e em outro relato que ele se atirou (Atos 1:18), todavia, Judas perdeu sua vida.

PEDRO
O Primeiro do grupo dos Apóstolos. Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4). Negou Jesus três vezes, mas se arrependeu e entendeu seu verdadeiro chamado. Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua, por volta do ano 68 d.C., em Roma, a durante a perseguição de Nero aos cristãos, sofreu martírio. Pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição que seu mestre Jesus de Nazaré. Assim, morreu sufocado com seu próprio sangue.

TIAGO MAIOR 
Natural de Betsaida da Galiléia, pescador (Mateus 4.21; 10.2). Filho de Zebedeu e irmão do também apóstolo João. Eram chamados de Filhos do Trovão, por Jesus. Ele sofreu martírio em 44 d.C., quando Herodes Agripa mandou prender Pedro. Foi decapitado em Jerusalém. Foi o primeiro dos apóstolos a morrer pela fé. A partir dos séculos passou a ser venerado na península Ibérica, sendo o grande protetor contra os mouros (árabes/muçulmanos). A Espanha tornou-o seu patrono, Santiago de Compostela, onde, até hoje, é reverenciado como padroeiro. Sua devoção avançou para a América com as Grandes Navegações e, até hoje, ele é muito cultuado no Chile, México, Peru...

JOÃO
Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21 O único que permaneceu perto da cruz - João 19.26-27). Era irmão de Tiago Maior.  O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (João 20.1-10). Foi o que viveu mais tempo. Liberto da Ilha de Patmos pelo Imperador Nerva (96 d.C.), regressou a Éfeso e teve morte natural em idade bem avançada. O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava” (João 13.23). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Ap 1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Foi metido numa caldeira de azeite a ferver, em Roma, mas escapou ileso.Teve morte natural com idade de 100 anos aproximadamente.

TOMÉ 
Dizem que trabalhou na Índia. Outros que nos arredores da Pérsia. A seita "Cristãos Malabores de São Tomé" o considera seu primeiro líder e mártir; alguns historiadores dizem que morreu a flechadas enquanto orava. Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.

PAULO
Ele não conviveu com Jesus; nem por isso deixou de ser mais importante; pelo contrário, é considerado o responsável pela conversão dos povos gentios e até explanou com os demais apóstolos esta necessidade. Seu nome era Saulo, judeu, um cidadão romano, um soldado e chefe de uma guarnição romana. Perseguiu e matou inúmeros cristãos e, a caminho de uma cidade de Damasco, Deus falou com ele. A partir daquele dia sua vida mudou e seu nome passou a ser Paulo, aquele que é o menor entre todos. Pouco tempo depois já estava atuando com os discípulos.  Enfrentou uma rejeição no início, pois o viam ainda como um perseguidor,  mas o tempo foi o maior aliado, pois se tornou um dos primeiros missionários. Morreu como mártir sendo decapitado no mesmo ano de Pedro e pelo mesmo motivo, mas em ocasiões diferentes. Não era apóstolo oficialmente, pois não foi um dos escolhidos de Jesus, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária nos países gentílicos. Ele foi um dos primeiros a ver que não só os judeus poderiam ser batizados, mas todos: gregos, romanos, egípcios... Assim, ele acreditava que não só os judeus podiam ser batizados e se tornarem cristãos. Escreveu várias cartas para as localidades por onde passava. Foi decapitado em Roma por ordem do imperador Nero. 

LUCAS 
Era médico. Não conheceu Jesus pessoalmente. Recolheu inúmeros relatos (principalmente dos apóstolos) e escreveu seu Evangelho. Notamos uma linguagem mais rebuscada, com termos relatos mais profundos. Vemos uma atenção especial para com a infância de Jesus. Ele também escreveu o Ato dos Apóstolos. Foi enforcado em uma oliveira na Grécia. 

 MATIAS
Escolhido para substituir Judas Iscariotes. Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia, Alexandria e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.

TADEU
Não há relatos sobre a sua morte.

Por: Juberto Santos
Fonte:http://curiosidadescatolicas.blogspot.com.br/

Os Reis Magos segundo o Evangelho de Mateus


Os 3 Reis Magos

Os reis magos são três personagens citados somente por Mateus (2,1-12), que visitam o menino Jesus, trazendo para eles presentes: ouro, incenso e mirra. O evangelista não diz quem são, mas a tradição deu a eles os nomes de Melquior, Baltasar e Gaspar. Esses nomes aparecem no Evangelho Apócrifo Armeno da Infância, do fim do século VI, no capítulo 5,10. O texto diz: Um anjo do Senhor foi de pressa ao país dos persas para avisar aos reis magos e ordenar a eles de ir e adorar o menino que acabara de nascer. Estes, depois de ter caminhado durante nove meses, tendo por guia a estrela, chegaram à meta exatamente quando Maria tinha dado à luz. Precisa-se saber que, naquele tempo, o reino persiano dominava todos os reis do Oriente, por causa do seu poder e das suas vitórias. Os reis magos eram 3 irmãos: Melquior, que reinava sobre os persianos; Baltasar, que era rei dos indianos, e Gaspar, que dominava no país dos árabes.

Os três reis são chamados de “Magos” não porque fossem expertos na magia, mas porque tinham grande conhecimento da astrologia. De fato, entres os persas, se dizia “Mago” aqueles que os judeus chamavam “escribas”, os gregos “filósofos” e os latinos “sábios”.

De acordo com a narração de Mateus, os magos, quando chegaram em Jerusalém, primeiro de tudo, visitaram Herodes, o rei romano da Judéia, e perguntaram quem era o rie que tinha nascido, pois tinham visto aparecer a “sua estrela”. Herodes, claramente não conhecia a profecia do Antico Testamento (Miquéias 5,1) e perguntou aos seus sábios sobre o lugar onde deveria nascer o Messias. Tendo sabido que o lugar era Belém, mandou-lhes àquela cidade, pedindo-lhes que referissem a ele o lugar exato onde encontrar o menino, para que “também ele pudesse adorá-lo”. Guiados pela estrela, os magos chegaram a Belém, que fica a cerca de 10 quilômetros de Jerusalém. Chegados diante do Menino, ofereceram-lhe, como presente, ouro, incenso e mirra. Tendo sido avisados, em sonho, para não dizer nada a Herodes, voltaram para suas terras por uma outra estrada. Tendo descoberto o engano, o rei Herodes mandou matar todas as crianças de Belém que tivessem menos de 2 anos.

A exegese histórico-crítica, a partir do século XIX, propôs critérios para distinguir os fatos históricos provavelmente acontecidos dos episódios criados pelas comunidades cristãs ou pelos próprios evangelistas. Nesta linha, diversos exegetas contemporâneos sublinham que, no caso deste episódio, não nos encontramos diante de um fato histórico, mas de uma composição midrashica. Histórico ou não, o ponto de partida que o autor deste texto toma em consideração é a convicção de que o Menino Jesus fora rejeitado pelo poder constituído na Palestina. Por outro lado ele fora acolhido por pessoas que não tinham títulos especiais, que eram marginais à realidade onde ele nasceu, que vinham de longe e, por isso, considerados com certa desconfiança, excluídos. Os magos eram gentios, isto é, não judeus, que não conheciam as Escrituras, o Antigo Testamento. Portanto, a mensagem do Menino, segundo Mateus, é universal, destinada a ir longe.

Os presentes que os magos trazem para o Menino têm um rico significado simbólico. O ouro é o metal precioso por excelência e simboliza a regalidade. O incenso, um perfume que se queima, é usado durante as celebrações rituais e venerações religiosas e é o símbolo da divindade. A mirra vem de uma planta medicinal que, misturada com óleo, era usada para fins medicinais, cosmédicos e religiosos e também para embalsamar os corpos, simbolizando o futuro sofrimento redentor de Cristo.

Outro elemento importante na narração sobre os magos é a estrela. Somente na Idade Média se falou em cometa, especialmente o pintor Giotto, em 1301, impressionado pela passagem naquele ano do cometa. Invés toda a iconografia precedente fala simplesmente de “estrela”. Há hipóteses modernas que identificam a estrela com a conjunção simultânea, que aconteceu no ano 7 antes de Cristo, na constelação dos Peixes. Apesar destas tentativas de explicação, a presença da estrela provavelmente entra também como elemento simbólico da narração. De fato representa um símbolo messiânico presente já no livro dos Números, quando o profeta Balaão que “um astro procedente de Jacó se torna chefe” (24,17). Recordemos também o texto de Isaías 9,1: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria.”

Não conhecemos a história sucessiva desses personagens. Isso, do ponto de vista de alguns estudiosos, se justifica com fato que não estamos diante de um fato histórico. De qualquer forma, na Alemanha, em Colônia, encontramos uma basílica com urnas onde teriam sido sepultados os reis magos. Essas relíquias estavam na Itália e no século XII foram levadas para a Alemanha.

Estudo de Luiz da Rosa

É Certo Usar Tatuagem?



“Nem fareis figura alguma no vosso corpo”
(Lv 19,28)

As tatuagens são muito usadas por jovens ligados à música pesada, crime, violência, drogas, etc. Isto não parece bom. Muitas vezes são pactos , consagrações, que são celebradas até com as forças do mal e das trevas.
Acredito que o problema maior está no fato de as tatuagens “estarem na moda”. Nossa Senhora advertira em Fátima que viriam muitas modas que ofenderiam muito a Deus e "quem segue a Deus não segue as modas, Nosso Senhor é sempre o mesmo".

Lembremos também que a medicina não recomenda o uso de tatuagens, pois, elas são quase irreversíveis e prejudiciais no campo da saúde.

As tatuagens têm sua origem no mundo das magias e do esoterismo. A magia é uma artimanha que pretende forçar poderes superiores ou a própria Divindade a agir segundo a intenção do mago, e só ele, conheceria os meios para tal. É claro que isto ofende a Deus. A magia é uma caricatura da religião, pois coloca o homem (mago, bruxa, feiticeiro, necromante, cartomante, pagé, etc.) acima de Deus, que ele quer controlar com os seus encantamentos.

São Paulo diz-nos:
(I Cor 6,1717) "Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo."

Fica um conselho: Você ama a Deus? Então não faça tatuagem nem uma, mesmo que seja algo que pareça bom e inofensivo: O nome de alguém querido (namorada, esposa, marido, filhos, Jesus Cristo) ou mesmo imagens religiosas.

Nós Católicos devemos nos levar pela Palavra de Deus e não pela moda.

Edmilson Aparecido

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cura Interior através da Cruz


Cura interior é um processo que possibilita a RENOVAÇÃO DA MENTE (Rm12.2,1).

Não conformar com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.
II. Compreendendo a Cura Interior
• Em 1ªTess. 5.23 diz que Deus nos fez em 3 elementos:

• espírito: Quando nos convertemos o nosso espírito é vivificado pelo Espírito Santo e é curado da culpa do pecado (este é o maior milagre de Deus).onde o Espírito Santo mora
• alma: onde experimentamos os sentimentos,as vontades, os pensamentos e a capacidade de decidir.
• corpo: físico

A cura interior nada mais é que a cura da nossa alma que envolve:

* Sentimentos
* Emoções
* Lembranças desagradáveis

Mediante ao processo da cura interior, através da oração, resolvemos males que assolam a mente com:

Complexo de inferioridade
Autopiedade
Medo
Tristeza
Complexo de inferioridade.

Como saber se tem feridas

Dando crédito à Palavra de Deus

Em Romanos 12.1,2 Paulo usa a palavra irmãos, essas pessoas para quem ele estava escrevendo era para pessoas que já haviam recebido Jesus, eram filhas de Deus (João 1.12). Porém, mesmo sendo filhos, tendo passado pelo processo do novo nascimento, ainda tem pela frente dois outros processos:

* Sacrifício do corpo
* Renovação da mente

Percebendo a dor de lembranças

Se ao lembrar de um assunto ainda sente-se dor, é porque a ferida ainda não cicatrizou. Dor na alma se apresenta em várias formas, e as vezes nós nem percebemos.

Situações que nos ferem emocionalmente

Talvez tenha acontecido muitas situações no período que você estava no ventre de sua mãe, durante sua infância e adolescência, que lhe afetaram diretamente. Nossa alma e nosso coração são totalmente afetados pelo pecado. Talvez você esteja enfermo na alma por que seus pais pecaram, ou porque você pecou.

Rejeição

É um sentimento de que não somos amados, aceitos ou bem-vindos, antes, somos rejeitados e ignorados por aqueles que nos rodeiam. Um sentimento de inferioridade e autopiedade cercam a pessoa. A pessoa rejeitada sempre interpreta mal as atitudes das outras pessoas. Ela sempre tem a sensação que as pessoas à sua volta criam situações para desprezá-la. A pessoa rejeitada, quando ama alguém, é como um aspirador de pó... A pessoa rejeitada diz “sim” quando deveria dizer “não”e vice-versa.
Ela tem medo do que os outros pensarão a respeito dela e acha que as pessoas a amarão menos. A Rejeição é uma das maiores portas de acesso às cadeias, correntes, grilhões e demônios.

A rejeição vem através de várias situações:

• Família desestruturada
• Abandono dos pais
• Morte dos pais
• Gravidez indesejada
• Divórcio dos pais
• Preferência dos pais
• Descaso no matrimônio...

Palavras são sementes que, uma vez semeadas pela nossa família ou autoridade, começam a crescer e a dar frutos quando não conhecemos a Cristo e quando não temos uma consciência restaurada para fechar as brechas. Quantas pessoas recebem palavras como:

- Ah você nunca vai prestar para nada;
- Você é pobre, conforme-se com isto nunca vamos sair dessa;
- Você é um burro nunca vai conseguir nada;
- Você vai virar ma prostituta se continuar assim;
- Seu casamento será uma porcaria igual ao meu;
- Os homens não prestam, nunca confiem neles...
Continua...

Auto-Rejeição

Algumas situações que podem causar:

Deficiência física
Magreza excessiva
Obesidade
Seios muito grande ou muito pequeno
Cravos e espinhas
Doenças constantes
Culpa por erros cometidos...

Por todas essas situações provenientes da rejeição você pode ter se tornado uma pessoa insegura, medrosa, rancorosa, magoada, assustada tímida, inconstante, solitária...Mas Deus nos aqui para mudar o histórico de nossa vida.Aleluia!


Adriel a serviço do Rei!

domingo, 25 de novembro de 2012

Devemos levantar nossos braços e louvar o nosso Deus!



Sim, devemos levantar nossos braços e louvar o nosso Deus! Nossa Senhora diz em suas aparições, que ela louva a Deus, a cada instante no Céu e que os Anjos e Santos nunca se cansam de louvá-lo porque eles sentem o amor dele o tempo todo e se alegram mais e mais.

Nossa mãe, Maria, nos convida a louvá-lo, pois assim sentiremos a alegria do Céu em nossos corações. Ela nos exorta a glorificar a Deus, todos os dias, mesmo se a vida continuar a mesma e não nos acontecer nada, porque assim veremos que não dependemos de coisas materiais para ter a felicidade.

Que nossas manhãs sejam preenchidas pelo louvor e nossas noites pelo agradecimento.

Todos os dias, Deus faz o sol nascer para nós.
Glória a Deus! Ele nos dá o alimento, a água, o ar. Louvado seja Jesus!

Deus cuida de nós durante o dia e vela por nós durante a noite. Bendito seja o Senhor! Pois só a pessoa que reconhece a bondade do Pai é que está perto dele e merece ser socorrida em suas necessidades.

A gratidão sempre atrai mais graças. Por isso, devemos louvar, agradecer, bendizer o pai, que tudo nos dá.

Quando se sente o amor de Deus pela primeira vez é maravilhoso, a gente nunca esquece aquele dia que de certa forma fomos pegos de surpresa. Fomos fisgados pelo pai.

Podemos até dizer que fomos seduzidos pelo amor do nosso Criador.
E aí, encantados com tudo, queremos participar de encontros, sentimos o desejo de participar das celebrações, temos o desejo de ajudar na comunidade.

A fé começa a brotar e a crescer nos nossos corações, surge à sede de Deus.
Temos uma sede tão grande da palavra do Senhor e queremos transmiti-la a todas as pessoas com o nosso testemunho.

O Senhor vai nos atraindo para ele e na verdade, gostamos e muito. Sentimos a paz que o mundo não dá. A alegria que jamais havíamos experimentado antes.

Temos sensações, mudanças, transformações que sequer entendemos e a partir daí descobrimos que ocorreu um pentecostes conosco, a efusão do Espírito de Deus.
E diante de tantas mudanças na vida diária, voltamos para o Senhor.

Assim, entendemos que quem tem um encontro com o Senhor recebe um dom especial, um gosto, diria um desejo ardente de louvar.

Augusta Moreira dos Santos

sábado, 24 de novembro de 2012

De fato, Deus é um só: ele justificará os circuncisos em virtude da fé, e os incircuncisos, mediante a fé.



Amados irmãos, não tenho dúvidas de que precisamos nos informar mais. Há algumas passagens bíblicas que devido ao nosso desconhecimento até mesmo científico, histórico, geográfico e outros mais, não conseguimos entender ao certo o que significa.

O meu gosto pela palavra de Deus é tanto, que agora na menor dúvida que possuo recorro ao dicionário às fontes  seguras, na internet, para assim entender melhor aquilo que Deus quer me falar.
Vamos então aos textos?

De fato, Deus é um só: ele justificará os circuncisos em virtude da fé, e os incircuncisos, mediante a fé.(Romanos 3,30)

Quer dizer que o que importa é a reta intenção. O importante é colocar Deus em primeiro lugar. Seja o que for fazer é para glorificar o Senhor.

É pela fé que transformo a minha vida. Deixo a vida velha.  

Todos os que pecaram sem a Lei perecerão também sem a Lei; e todos os que pecaram sob o regime da Lei serão julgados de acordo com a Lei. (Romanos 2,12)

É muito interessante o versículo acima. As vezes queremos que as pessoas sejam julgadas de acordo com a forma que pensamos, mas Deus tem o critério infalível. Ele conhece cada um, por isso o julgamento será individual, do jeito específico de cada um.  Todos os que pecaram sem a lei morrerão sem a lei. E todos os que pecaram sob a lei serão julgados de acordo com a lei de Deus.

É importantíssimo observar cada palavra do versículo, pois aqueles que pecaram sem a lei, diz o texto que morrerão sem a lei, e os que pecaram sob o regime da lei, não diz o texto que morrerão sob a lei e sim, que serão julgados sob o regime da lei.

Deus é perfeito meus irmãos, como é perfeita a escrita, ela é maravilhosa.

Mas o que é circuncisão?

“Circuncisão, é uma operação cirúrgica[1][2] que consiste na remoção do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis. Essa remoção é praticada há mais de 5 mil anos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos homens no mundo são circuncidados (algo em torno de 665 milhões de homens), [3] [4] a maioria por motivos religiosos, uma vez que 68% deles são muçulmanos”.(wikipedia)

“O termo circuncisão deriva da junção de duas palavras latinas, circum e cisióne, e significa literalmente «cortar ao redor». Atualmente, a circuncisão masculina ainda é praticada como ritual religioso e também social por vários povos, como judeus e muçulmanos. No século XIX e em princípios do século XX, no mundo ocidental, a circuncisão médica tinha em muitos casos como motivação principal a prevenção da masturbação, pois o prepúcio é um tecido erógeno. A partir de meados do século XX, a circuncisão tornou-se uma prática médica vulgar, especialmente nos Estados Unidos da América, onde se estima que entre 0,1 e 0,2% dos homens sejam circuncidados.No entanto, a sua frequência reduziu-se progressivamente, pois hoje a prática regular de hábitos de higiene genital, que têm o mesmo efeito da circuncisão, tornou-se cada vez mais comum”.(wikipedia)

Vamos verificar no dicionário informal o que significa o contrário do comentado acima, que é o incircunciso.

Os incircuncisos são:

1) Meninos ou homens de quem não se tirou a pele que envolve a extremidade do pênis (Gn 17.14). V. Circuncisão.

2) Figuradamente, o coração não-responsivo é dito incircunciso (At 7.51), ou seja, não-consagrado ao Senhor. 3) Os gentios eram chamados incircuncisos (Ef 2.11), mas Paulo disse que a verdadeira circuncisão é a [...] do coração (Rm 2.29)

“Verdadeiro judeu é o que se distingue como judeu por seu interior, e † verdadeira circuncisão é a do coração, segundo o espírito e não segundo a letra. Esta é que recebe o louvor, não dos homens, mas de Deus”.(Rm 2.29)

Vou transcrever um texto sobre circuncisão que achei bem esclarecer e inovador, que está postado no repórter de cristo.com vejamos:

"Circuncisão


“A circuncisão, é a marca da eterna aliança, de um verdadeiro pacto, feita por Deus ao seu povo escolhido .Esse pacto foi marca na carne de que Deus sempre estaria com seu povo a protegê-lo e guiá-lo.
O primeiro homem a ter a marca da aliança com Deus foi Abraão o primeiro judeu e o pai dos judaísmo ,foi através de Abraão que todos os seus descendentes obtiveram a marca do pacto com Deus.
‘E vós sereis circuncidados na carne de vosso prepúcio; e será um símbolo da aliança entre Mim e vós.’ (Gênese, 17:11)”
Com base nesta citação, compreende-se bem a expressão judaica Brit Milá.  Brit significa pacto milá significa circuncisão: a junção do então menino de oito dias com o povo judeu em caráter definitivo. A prática do mandamento mais respeitado dentro da comunidade judaica, mobiliza toda a família do recém nascido.

De acordo com o parecer dos principais médicos do mundo, a circuncisão atende aos princípios básicos de higiene. O povo judeu segue nestes os preceitos de higiene, mas o principal foco da cerimônia, encontra-se no elevado sentido religioso da mesma. Um pacto indissolúvel com a virtude, o dever, com o seu próprio Deus. Neste pacto o povo de Israel encontrou o meio infalível de permanecer imortal.
A circuncisão, como todos os preceitos judaicos, é transmitida de geração em geração. Na história antiga do povo judeu, ela ocorria mesmo em tempos de perseguição ou conflitos. Dois exemplos claros são os do rei Antíoco IV e do imperador romano Adriano.  O primeiro implementou a pena de morte para quem praticasse a circuncisão; e o segundo também proibiu esta prática.
Na antiguidade, cabia ao pai a responsabilidade de circuncidar seu filho. Hoje, cabe ao mohel esta tarefa. O mohel é um rabino treinado para este procedimento. Já o sandak é o responsável por segurar a criança enquanto a circuncisão é realizada, que, geralmente, cabe ao avô materno ou paterno.
Para que a circuncisão seja realizada, utiliza-se a maguen. A Maguen, que significa escudo, proteção, em hebraico, é um instrumento utilizado no ritual da circuncisão. Existem relatos do uso da maguen desde o século XV. Sua finalidade é proteger (daí a origem do nome) a glande do recém nascido no ato cirúrgico impedindo que ela seja ferida de algum modo. Várias são as formas e materiais utilizados em sua fabricação. Inicialmente utilizava-se pedaços de ossos e atualmente o material usado é o aço inoxidável .
aparelhos usados
Aparelhos utilizados na circuncisão
Uma expressão litúrgica da tradição judaica que antecede a sua própria constituição de nação, e que resistiu aos diversos domínios estrangeiros, perseguições e devastações como no período do primeiro e segundo templo. Este não foi sempre um momento só de obrigação religiosa, mas de uma reunião familiar e de fé em seu único Deus. Como revela a oração da circuncisão: “Bendito sejas tu Senhor, que hás consagrado teu bem amado desde seu nascimento. Gravando a lei em sua própria carne e imprimindo nos seus descendentes o selo de sua aliança” (Lei de Moisés e as Haftarot).
A circuncisão era feita para mostrar ao povo de Israel que o Senhor sempre estaria com eles,mas quando Nosso Senhor Jesus morreu por nos , o novo povo o novo Israel nasceu com as marcas que Jesus deixou na cruz sem precisar da antiga aliança pois a nova e mais eterna aliança já tinha sido feita pelo filho de Deus".
Portanto, irmãos, somos do entendimento de que ainda precisamos aprender muito, pois nos acomodamos e não buscamos os esclarecimentos necessários para fomentar a nossa fé.
Augusta Moreira dos Santos




sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Padre Lano de Paracatu e Padre Valdeci no Avivamento ocorrido nos dias 17 e 18 de novembro de 2012


Olá,

Estamos fazendo a postagem de algumas fotos do avivamento ocorrido no 17 e 18 de novembro, promovido pela RCC de Vazante, Padre Lano de Paracatu e Padre Valdeci, enriqueceram o mesmo com seus ensinamentos e com o Poder de Deus enviado pelo Espírito Santo.









Comemorando três anos de vida!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

“Não existe Vida Comunitária se não existir Corações Orantes"

Comunidade Católica Shalom

A Comunidade é um Dom de Deus. Não existe vida comunitária se não existirem corações orantes, se não existirem homens e mulheres de vida de oração. Podemos buscar os subsídios para falar de oração na própria vida de Jesus. 

Jesus continuamente tirava largos tempos da sua vida para estar diante do Pai, para escutar a vontade do Pai, para estar na companhia do Pai. Quando examinamos o Evangelho e, principalmente, o Evangelho de São Lucas, nós vamos ver uma inversão da imagem que geralmente nós temos de Jesus. A imagem que geralmente nós temos de Jesus é como aquele que age, que faz. Porém, no Evangelho de Lucas nós vamos ver que Jesus continuamente está buscando o Pai em oração, e continuamente está mergulhado na oração é que realiza a vontade do Pai, e faz muitas coisas. Jesus ora, e por isso, faz. Ele busca continuamente a vontade do Pai em oração, e por isto põe em prática a vontade do Pai.

Quando fazemos uma leitura atenta do Evangelho, percebemos mais um Jesus contemplativo, um Jesus orante, que justamente porque contemplava e orava realizava a vontade do Pai e fazia muitas coisas, do que um Jesus que fazia muitas coisas e também rezava.

Se nós formos fazer uma leitura atenta do Evangelho, vamos ver que Jesus dava primazia à oração. Grande parte do seu tempo, era dedicado ao encontro com o Pai e, por causa disso, transbordava a sua vida, e que porque orava, fazia muitas coisas e realizava a vontade do Pai no meio dos homens e no mundo. Devemos aprender com Jesus a ser homens e mulheres orantes, e aprender a rezar com Jesus.

No Evangelho de Lucas 3,21-22, temos que: "Ora, ao ser batizado todo o povo. Jesus também ele rezava. Então, o céu se abriu, o Espírito Santo desceu sobre Ele sob uma aparência corporal como uma pomba e uma voz veio do céu: "Tu és o Meu Filho, eu hoje te gerei". Essa passagem abre a vida pública de Jesus, marca o início da sua missão. Jesus vai em busca de João Batista, porque " É necessário que se cumpram as Escrituras".

Quando ouvimos falar do Batismo de Jesus geralmente imaginamos João Batista derramando a água sobre a cabeça de Jesus para em seguida o Espírito Santo vir do céu, como se João Batista atraísse esta manifestação na vida de Jesus. Mas o ato que abre o céu é a oração de Jesus. Por esta razão é que o Espírito Santo vem sobre Ele e a voz do Pai: " Este é meu filho amado, sobre ele, eu coloco toda a minha afeição".

O Espírito Santo só vem sobre nós e a voz do Pai ressoa em nosso coração pela oração. É a oração de Jesus que atrai o Espírito Santo e abre os nossos ouvidos para ouvir a voz do Pai. É o próprio Jesus que nos ensina! Só orando nele, por Ele e com Ele que podemos atrair o Espírito Santo.

Não pode haver vida cristã sem o Espírito Santo, não podemos ser transformados ou conformados a Cristo sem o Espírito. O Espírito Santo não atuará em sua vida se não for por meio da oração, ela nos faz usufruir do poder que existe nos Sacramentos.

Os Sacramentos continuam eficazes por si mesmos, mas não são frutuosos se não usufruímos da graça que nós recebemos. É a oração que nos faz usufruir das graças da abertura do céu. É a oração que faz com que nós sejamos cheios do Espírito Santo. Jesus antes de começar a sua missão, antes de fazer qualquer coisa, orou, suplicou, foi para diante do Pai. Ao orar, o céu se abriu e foi ungido pelo Espírito Santo para realizar a Sua missão. Também nós, não seremos nada, não faremos nada, se isso tudo não for gerado dentro de nós pela oração. Por isso, nossa ação será infrutífera, nossa vida não será transformada e as graças que nós recebemos pelos sacramentos não serão frutuosas em nós se não rogarmos, se não sedimentarmos pela vida de oração, não podemos ser verdadeiramente cristãos.

Nós não seremos ungidos para pregar, para agir, para viver o nosso dia a dia, porque nós não ouviremos e nem faremos a vontade do Pai. Por isso, Jesus nos dá esse grande e primeiro ensino.

Se o céu está fechado na sua vida irmão, é porque você não está orando, não está se colocando de joelhos diariamente diante de Deus, ainda não deixou que Deus fizesse de você um homem ou uma mulher de oração. A oração atrai o Espírito Santo! Se você não se sente cheio e pleno do Espírito, se você não percebe que Ele é o condutor da sua vida, é porque falta a oração. A oração atrai o Espírito Santo, faz com que Ele venha nos envolver e nos conduzir, nos dirigindo e nos fazendo viver a vida no Espírito. Se você não consegue escutar a vontade do Pai para a sua vida, se você não sabe discerni-la, é porque falta a oração. É pela oração que a voz de Deus se manifesta na nossa vida.

Eu convido agora você a fechar os olhos por um momento e silenciar diante da presença de Deus, diante do Espírito Santo que habita no seu coração, pedindo que venha ser a força do Alto que retira você de si mesmo e lhe remete para Deus e para os seus irmãos. Foi para isso que você foi criado: para o outro. Peça ao Espírito Santo que venha sobre você.

Ele é o filho de Deus, e, mesmo assim, precisou orar. Dedicou um largo tempo à oração. Talvez você possa até questionar: “Eu não preciso rezar, pois a minha vida já é uma vida de oração”. Desculpe! Tal atitude pode ser considerada como hipocrisia e mentira. Desculpe, mas essa é a única verdade! A sua vida precisa ser uma vida de oração. Sua vida só pode ser uma vida de oração se você tiver oração dentro da sua vida, senão, ela não será, verdadeiramente, uma vida de oração. Ainda assim, você pode levantar a questão: “Mas eu já sou ocupado demais”. Ninguém é ocupado demais para não dar tempo para Deus.

Madre Teresa de Calcutá e suas irmãzinhas tinham duas horas de oração diária. Além disso, precisavam cuidar de muitos doentes. Tinham milhares e milhares de pessoas moribundas, das mais pobres, além de hospitais enormes onde não havia nenhum funcionário. Elas cuidavam de tudo como voluntárias. Certa vez, chamaram a Madre e disseram: “Madre, o trabalho é muito, não está dando para a gente ter duas horas de oração”. Madre Teresa olhou para elas e disse: “O trabalho está demais. Não vamos rezar só duas horas não, vamos rezar quatro. Porque se não estão dando conta do trabalho, é porque vocês estão rezando pouco. Porque, quando oramos verdadeiramente, a graça de Deus faz multiplicar a nossa ação. Realizamos muito mais, porque realizamos pelo poder de Deus”. A partir daquele tempo, as irmãzinhas não rezaram mais só duas horas, mas rezaram quatro horas por dia e tudo deu tranqüilamente. Elas se tornaram muito mais capazes.

Podemos examinar ainda outra passagem: Lc 4, 1-2.
“Jesus, repleto do Espírito Santo, voltou do Jordão e estava no deserto conduzido pelo Espírito, durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo”.

Alguém indo para o deserto ou subindo a montanha, significa alguém que procura a oração. Na Sagrada Escritura, o deserto é um lugar de encontro com Deus, assim como a montanha, indicam locais privilegiados para falar do orante que deseja Deus, são locais de oração.

Para atrairmos o Espírito Santo precisamos de oração. A oração atrai o Espírito Santo e o Ele conduz à oração. O Espírito Santo leva Jesus para o deserto, leva-o para a oração. É incompreensível que alguém possa considerar-se conduzido pelo Espírito se considera desnecessário rezar. O Espírito sempre leva a oração!

Quando estamos repletos do Espírito Santo, Ele nos conduz a oração e, conseqüentemente, a vida de oração. 
Conduzido ao deserto, Jesus é tentado pelo diabo: “(…) Conduzido pelo Espírito, durante quarenta dias, e era tentado pelo Diabo”.

Quando nós nos decidimos pela oração, decidimos por encontrarmo-nos com Deus, e sermos homens e mulheres de oração. No entanto, sempre encontramos no meio do caminho o diabo, porque, ele é aquele que se opõe ao nosso encontro com Deus. Ele inventa e põe questionamentos na nossa cabeça para que nós não nos dediquemos a oração. Santa Teresa D’Ávila, doutora da Igreja, dizia uma coisa muito importante: “O homem e a mulher que vivem de oração já venceram o diabo”.

Se pudesse, subia no mais alto monte do mundo, a mais alta montanha e gritava aos homens: “Orem! Orem!” O inferno inteiro se mobiliza quando ele vê um homem ou uma mulher que se decide a ser um homem ou uma mulher de oração com o intento de demovê-lo dessa decisão, pois o inferno inteiro sabe que aquele que ora já está perdido para ele.


Mas, porque é tão difícil ter uma vida de oração? O mundo inteiro se levanta para que você não seja um homem ou uma mulher de oração. A oração é um combate, como o próprio Jesus conduzido pelo Espírito foi para o deserto e o demônio se colocou lá para combater contra ele. Por isso, a oração é um combate, mas pelo poder do Espírito somos mais do que vencedores. O demônio vai combater nos pontos mais frágeis do homem que deseja rezar, com raciocínios, idéias e justificativas.
O demônio tentou Jesus por meio de Palavras do próprio Deus. Ele utilizou palavras das próprias Escrituras e as deformou. Ele usa a Palavra de Deus, mas não da forma como Deus quer, as usa de uma maneira deformada: “Se tu és o Filho de Deus, ordena que está pedra se transforme em pão. Jesus lhe respondeu: ‘está escrito, não só de pão viverá o homem’”. Na última tentação ele diz: “Se és filho de Deus, joga-te daqui para baixo; pois está escrito: Ele dará a teu respeito ordem a seus anjos de te guardarem, e ainda: eles te carregarão nas mãos para que não contundas o pé em alguma pedra. Jesus lhe respondeu: ‘está escrito: não porás à prova o Senhor teu Deus’”. Desde a primeira tentação, o demônio usa e deforma a própria palavra de Deus e, muitas vezes, é o que vai acontecer na nossa vida.

Nós devemos enfrentar a tentação orando mais intensamente e usando o poder da própria Palavra de Deus aplicada no seu sentido correto, como o próprio Jesus o fez com o maligno. Assim nós venceremos a tentação.

A oração é um caminho de alto conhecimento. Jesus, no deserto, vai mostrar os grandes pecados que afligem a vida do homem: o poder, o possuir e o prazer. A oração vai nos mostrar o que está desconforme na nossa vida e nos dará a força de vencer, por isso, também muitos de nós fugimos da oração.

Quanto mais nós oramos, mais permitimos que a luz de Deus brilhe sobre nós. A luz de Deus, brilhando sobre nós, faz aparecer as nossas manchas; nossas feridas; nossos pecados. Não suportamos, muitas vezes, olhar para esta realidade e preferimos não rezar. Preferimos não orar para não nos conhecermos e, desta forma, para não deixar Deus mexer em nossa vida.

Mas quando deixamos Deus mexer até aonde não queremos que Ele mexa, Ele nos transforma e nos santifica. Sem oração pensamos que está tudo bem, mas, na realidade, está tudo mal.
Santa Teresa, que é mestra na vida de oração, diz assim: “Se você pegar um copo de vidro, chegar num rio e enchê-lo com a água, se este for um lugar que não tenha a luz, ao olhar para água do copo poderá dizer: “Esta água está boa, ela está limpa”. Mas, se você pegar esse mesmo copo e colocá-lo diante da luz do sol, vai perceber que aquela água está cheia de impurezas.

Se Tereza vivesse no nosso tempo, diria: “Se você pegar esta água e colocá-la na luz de um microscópio, vai assustar-se ao ver quantas impurezas tem esta água”. Assim é nossa vida que, longe de oração, é como aquela água: nas trevas parece estar limpa, mas quando bebe vai se gerando vermes que destroem todo o nosso ser. Quando, pela oração, colocamos nossa vida à luz de Deus vamos percebendo as impurezas da nossa vida e assim teremos condições de sermos sadios e felizes. A oração nos leva também por esse caminho, santo e único caminho de auto conhecimento e de transformação pela graça de Deus.

Tomemos dois textos do Evangelho de Lucas que nos ensinam um pouco mais da vida de oração de Jesus:
Lucas 4, 42-44: “Quando clareou o dia, ele saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam; Depois, tendo-o encontrado, queriam retê-lo, para que não se afastasse deles. Mas ele lhes disse: ‘às outras cidades também é preciso eu anuncie a Boa Nova do Reinado de Deus, pois é para isso que eu fui enviado’. E ele pregava nas sinagogas da Judeia”.

Lucas 5, 15-16: “Falava-se de Jesus cada vez mais, e grandes multidões se reuniram para ouvi-lo e para se fazerem curar de suas doenças. E Ele se retirava aos lugares desertos e rezava”.
Essas duas passagens são significativas para nós. Jesus é aquele que ora e, por conseqüência, faz. Jesus não é aquele que não tinha tempo para a oração, mas a oração tinha a primazia em sua vida. A primeira coisa que Jesus fazia era ir para um lugar deserto, depois, Ele realizava sua missão. A segunda passagem mostra o povo afluindo para Jesus e as imensas atividades pastorais que Ele precisava realizar. Sua fama se estendendo por todas as regiões, as graves necessidades do povo doente e necessitado de libertação. Jesus curava e libertava, mas em um determinado momento despedia o povo, afim de retirar-se para orar.

Vemos duas coisas inversas nessas passagens: a primeira é Jesus orando e depois dedicando-se intensamente ao povo. Todos queriam que ele permanecesse mais, porém como ele orava, sabia qual era a vontade do Pai e não se deixava engolfar pelas atividades. Ele não era levado pelas circunstâncias, era levado e conduzido pelo Espírito de Deus. Porque orava, chegava a despedir o povo mesmo no meio de clamores. Não temos desculpas. Mesmo em meio às necessidade pastorais, é necessário reservar à oração uma primazia.

Exatamente por isso, temos motivo para orar. Não deve ser por causa das muitas responsabilidades que a oração deve ficar sem tempo.
Pobres daqueles sobre os quais você tem responsabilidade se não lhe sobra tempo para oração. Pobre dos integrantes das comunidades que tem como pastores-coordenadores, homens ou mulheres, que são tão dedicados a eles, mas não se dedicam a Deus. Não é Deus que está sendo glorificado. O próprio filho de Deus, cuja missão era salvação de toda a humanidade, antes de qualquer coisa orava e chegava a interromper, a despedir multidões para ir em busca do Pai, da presença do Pai.

Tomemos o texto de Lucas 6, 12-13:
“Naqueles dias, Jesus foi a montanha para orar e passou a noite orando a Deus, depois, quando amanheceu, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, aos quais deu o nome de apóstolos”.
Devemos notar nesta passagem que a oração de Jesus foi intensa: “passou a noite”. Jesus nada fazia que não tivesse sido antes ruminando pela oração diante do Pai. Tudo o que ele fazia, passava antes pelo coração do Pai. Nós não podemos tomar as nossas decisões pessoais, pastorais e comunitárias sem repassá-las diante de Deus pela oração. Corremos o perigo de realizar a nossa obra, o nosso projeto e o nosso plano, esquecendo que o projeto é de Deus, a obra é de Deus, e porque é de Deus, temos que repassá-la em oração. A nossa vida é de Deus, a obra é de Deus, a comunidade é de Deus, o grupo é de Deus e, por isso, as decisões que nós tomamos, temos que toma-las segundo a sua orientação, ao invés de simplesmente confiarmos na nossa experiência, na nossa capacidade.

Lc 9, 28-33: “Ora, cerca de oito dias depois dessas palavras, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, o aspecto do seu rosto mudou a sua roupa se tornou de uma brancura fulgurante. E eis que dois homens conversavam com Ele; eram Moisés e Elias; aparecendo na glória, falavam da partida de Jesus que ia se realizar em Jerusalém. Pedro e os seus companheiros estavam acabrunhados de sono; mas, acordando, viram a glória de Jesus e os dois homens que com ele estavam. Ora, como estes se apartassem de Jesus, Pedro lhe disse: ‘Mestre, é bom que estejamos aqui; ergamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés, outra para Elias’. Ele não sabia o que dizia”.

Jesus foi para a montanha orar e, orando, foi transfigurado; a glória de Deus brilhou nele. Temos um grande erro na nossa vida de oração que, muitas vezes, faz desistirmos dela. Buscamos a vida de oração, simplesmente, como um meio para agradar nossas sensibilidades, quando nada sentimos às vezes nos frustramos e, não queremos mais rezar.

Devemos perseverar na oração, sentindo ou não sentindo, gostando ou não gostando, com gozo ou sem gozo, porque ainda que importante, isso não é o mais importante. O mais importante é a visita de Deus, que ocorre no nosso coração e na nossa alma quando oramos. Uma transfiguração invisível ocorre dentro de nós quando rezamos, vamos nos transfigurando em Cristo. Podemos até ter, se Ele quiser, grandes surpresas na sua vida de oração, onde os seus sentimentos também gozam dessa presença de Deus, mas isso não é o mais importante, é importante, mas não o mais. O mais importante é a obra que Deus deseja realizar em nós, com sentimento ou sem sentimento.

Quando rezamos nós somos curados e libertados, a glória de Deus se manifesta em nós. E nunca caiamos na tentação de sair da oração achando que nada aconteceu. Sempre que orarmos, em Espírito e em verdade, sairemos da oração um outro homem, uma outra mulher. Deus terá operado nas nossas vidas.

Lc 10,38-42:
“Estando eles a caminho, Jesus entrou em uma aldeia, e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã chamada Maria, que, tendo se assentado aos pés do Senhor, escutava a sua Palavra. Marta se afobava num serviço complicado. Ela se aproximou e disse: ‘Senhor, não te importa que a minha irmã me tenha deixado sozinha a fazer todo o serviço? Dize-lhe, pois, que me ajude’. O Senhor lhe respondeu: ‘Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas. Uma só é necessária, foi Maria que escolheu a melhor parte: ela não lhe será tirada’.

Muitas pessoas colocam esse Evangelho como uma oposição entre a contemplação e a ação, não deve ser assim. Jesus critica Marta, mas sua crítica não era porque ela estava preocupada em servi-lo. Marta está agoniada e Maria está aos pés de Jesus. Marta usa a expressão “dize”, está mandando. Ela usa o imperativo: “dize a Maria que venha me ajudar”. Neste ponto, Jesus faz a crítica fundamental a Marta: “Marta, tu te inquietas com muitas coisas, uma só é necessária e Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada”. A crítica fundamental que Jesus faz a Marta não é porque ela trabalha, é porque dá a primazia ao trabalho. Maria, no entanto, entendeu que essa primazia é da oração.

Jesus mostra nessa passagem a primazia de estar com Deus para tudo fazer por Deus. Nós podemos fazer muitas coisas para Deus, isto é bom e agradável, mas se na nossa vida a primazia não for estar com Deus para depois fazer por ele. Quando nós não damos a nossa presença, o nosso ser, para Deus todo trabalho perde o sentido. Para o discípulo de Jesus a oração é uma primazia, ela vem à frente, e depois, consequentemente, vem o trabalho. É preciso realizar tudo em nome de Jesus, é necessário fazer coisas, se Marta não fizesse o almoço todos passariam fome, mas a primazia é receber o Mestre, é sentar-se aos seus pés e ouvir a sua voz, depois fazer o que ele manda. Esta é a primazia, não é fazer desesperadamente as coisas para ele e por ele sem nem saber o que ele quer.

Lc 11,1: mais uma vez vemos Jesus orando: “Um dia, ele estava num lugar em oração. Quando terminou, um dos discípulos lhe disse: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como João ensinou a seus discípulos’”.

O maior mestre de oração é o próprio Jesus. Quem deseja aprender a orar, deve fazer como os discípulos: voltar-se para Jesus e dizer-lhe: “Senhor, ensina-me a orar”. O mais magnífico, é que isto já é oração. Se dissermos: “eu não rezo porque não sei rezar”, façamos dessas palavras a nossa oração. Fiquemos o tempo que pudermos pedindo: “Senhor, ensina-me a orar”. Ele próprio ensinará a orar os que assim suplicarem. Jesus, pelo seu Espírito, nos ensina a orar. Rezando é que a gente aprende a rezar. Ler toda teologia mística sobre a oração pode até ajudar, mas não é suficiente. Se desejamos aprender a orar, busquemos Jesus e peçamos que Ele nos ensine, é assim que se aprende a orar.

Se encontrar-mos um grupo que não reza, devemos questionar qual a vida de oração de seu coordenador-pastor Porque quando este reza as pessoas se aproximam e pedem que lhes ensine a orar. Pedem porque podem ver Jesus orando nele. O cooedenador-pastor pode dizer para elas: “você quer aprender a rezar, então, diga: Jesus, ensina-me a rezar”.

Aqueles que estão ao seu redor de um homem ou uma mulher de oração, serão também atraídos por Jesus que reza nele ou nela. Verão a beleza da oração de Jesus e se sentirão atraídos, aprendendo a rezar.

Mas qual é o conteúdo da oração de Jesus? O conteúdo da oração de Jesus podemos encontrar em Lc 10, 21-22: “Nessa hora, Jesus exultou sob a ação do Espírito Santo e disse: ‘eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por teres ocultado isso aos sábios e aos inteligentes e por tê-lo revelado aos pequeninos. Sim, Pai, foi assim que tu dispusestes em tua benevolência. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece quem é o Filho a não ser o Pai, nem quem é o Pai a não ser o Filho e aquele a quem o Filho aprouver revelá-lo”.

“Eu te louvo, Pai-Abba, porque sou teu filho e tu revelas isso aos corações que são simples e pequeninos”. Eis o primeiro conteúdo da oração de Jesus. O Espírito faz com que exulte de alegria no Pai. A oração de Jesus é sempre no Espírito. Chama-o Pai porque ele é o Filho, só os corações simples podem descobrir a beleza de ser Filho de Deus. A primeira dimensão do conteúdo da oração de Jesus é a alegria de ser filho de Deus, essa também deve ser a primeira dimensão do conteúdo da nossa oração.

A grande descoberta do Abba, do Deus que é Pai. Abba quer dizer “papaizinho” em hebraico. Somos chamados a exultar de alegria porque Deus é nosso Pai, porque seu amor nos envolveu, porque o seu amor existe em nós, Ele nos criou, nos salvou, nos redimiu por amor. Porque somos filhos, temos confiança no nosso Pai, a nossa vida está em suas mãos. Eu confio nele, porque mesmo passando no vale de trevas, não vou temer, porque Ele é meu Pai. Eu louvo em todas as circunstâncias, em toda situação. Abba, Pai. Eis o primeiro fundamento, a primeira essência da nossa oração. Olhar para Deus, como Pai, e dizer bendito. Só ora um coração pequenino que descobriu a Deus como Pai, essa é a primeira revelação da oração.

O Espírito Santo convence o nosso coração do amor e da paternidade de Deus, por isso nosso coração exulta de alegria e de confiança. Confio em ti, Aba, Meu Pai. A nossa oração se quer ser como a de Jesus, deve está envolvida pelo louvor e por esse amor a Deus Pai. Em todas as circunstâncias contemplamos a beleza infinita do que é ser Filho do Pai. Não estamos abandonados, não precisamos viver na desconfiança nem no medo. A nossa oração não pode nem deve ser desesperada, mas de confiança total e absoluta, de abandono nas mãos do Pai. Oração feliz por Ter Deus como Pai. Essa é a primeira dimensão do conteúdo da oração de Jesus.
Mas há uma outra dimensão na oração de Jesus que está em Lc 22, 42-42: “Pai se quiseres afastar de mim esta taça...No entanto, não se faça a minha vontade, mas a tua! Então apareceu-lhe do céu um anjo que o fortificava”.

A primeira dimensão da oração de Jesus, que vimos acima, é a dimensão de júbilo: “ Eu sou filho, sou amado por ti, fui criado por ti, fui redimido pelo teu poder. Pai, eu sou feliz. Eu confio em ti, tudo tu me deste, sou teu, tudo o que eu tenho é teu, bendito, sou feliz porque sou filho”. A segunda dimensão, que deriva justamente da primeira, é a dimensão de oferta, de entrega de vida, de doar-se inteiramente ao Pai: “ Pai faça-se a tua vontade. Cumpra-se em mim a tua vontade. Faça-se em mim. Pai”.

De acordo com esta dimensão, devemos comprender que não oramos para mudar a vontade de Deus, mas para que Ele nos mude, nos adapte à sua vontade. Às vezes pensamos em rezar para mudar a vontade de Deus a nosso respeito, mas na realidade oramos para que nós mudemos, para que a graça de Deus nos mude e nos adapte à Sua vontade perfeita. Esta é a oração no Espírito, verdadeira fonte de vida e de felicidade: “Porque Deus é tão bom, porque Deus é meu Pai, eu confio tanto nele que a vontade dele é o melhor para minha vida, então, faça-se a tua vontade na minha vida, Pai, mesmo que essa vontade seja um cálice amargo, que tenha aparências de dor, mas por trás dela há amor, há vida, há felicidade. Então, faça-se em mim a tua vontade!

A oração não é para mudar Deus, mas para sermos transformados, para compreendermos a beleza da paternidade de Deus e termos uma confiança absoluta na sua santa vontade, seja ela qual for, mesmo quando ela se apresente como cruz, porque e só por meio dela virá a ressurreição.

Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/comunidadesnovas/nao_existe_vida_comunitaria.html