sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A fundamentação bíblica para rezar pelos mortos. Dia de Finados não surgiu por acaso.




Celebramos neste dia 02 de novembro, o dia de finados, é uma antiga tradição católica.

Tanto protestantes quanto católicos reconhecem que os que morrem na graça de Deus se salvam. Vão diretamente ao Céu. Os que rejeitam a Deus como Criador e a Jesus como Salvador durante esta vida e morrem em pecado mortal se condenam. 

Mas o que acontece com os que morrem em pecado venial ou que não satisfizeram plenamente por seus pecados?  É aí, que há uma divergência entre as religiões.

Nós católicos acreditamos no Purgatório que é um estado por meio do qual, em atenção aos méritos de Cristo, se purificam as almas dos que morreram na graça de Deus, mas que ainda não satisfizeram plenamente por seus pecados.

Na verdade, há uma resposta bem direta na bíblia a esse respeito, mas está no livro de Macabeus, que é um livro que não foi reconhecido pelos protestantes.

A bíblia protestante tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores,  rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14.

Naquela época, antes de Lutero, mais ou menos nos anos 100 da era cristã, os judeus não aceitaram tais livros, porque no Sínodo de Jâmnia da época, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte: (a) Deveria ter sido escrito na Terra Santa; (b) Ser escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego; (c) Escrito antes de Esdras (455-428 a.C.); (d) Sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.

Mas a Igreja católica, desde os Apóstolos, usou a Bíblia completa, aceitando os escritos nos outros dois idiomas. Com a reforma protestante, Lutero, só aceitou os 66 livros desprezando os outros.

Vê-se então uma confusão e divergência de opiniões. Na Igreja Católica em Macabeus já fala sobre aquilo que eles descartam:

“Depois, tendo organizado uma coleta individual, que chegou a perto de duas mil dracmas de prata, enviou-as a Jerusalém, a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu assim, pensando muito bem e nobremente sobre a ressurreição.De fato, se ele não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria supérfluo e vão orar pelos mortos.Mas, considerando que um ótimo dom da graça de Deus está reservado para o que adormecem piedosamente na morte,era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que mandou fazer o sacrifício expiatório pelos falecidos, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado”.(2 Macabeus 12, 43-46)

Portanto, a oração pelos mortos é bíblica e tem fundamentação, não foi inventada pelos católicos.

O Purgatório não é um estado definitivo mas temporário. E ficam neste estado aqueles que ao morrer não estão plenamente purificados das impurezas do pecado, já que no Céu não pode entrar quem está com pecado.

Vejamos mais versículos bíblicos que fazem-nos convencer de que há o purgatório.

De fato, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na existência humana, mas recebeu nova vida no Espírito. No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, aos que haviam sido desobedientes outrora, quando Deus usava de paciência — como nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas, por meio da água.

(1 Pedro 3, 18-20) 

Pois também aos mortos foi anunciado a Boa Nova, para que, mesmo julgados à maneira humana na carne, eles pudessem viver pelo Espírito, conforme o desejo de Deus. (I São Pedro 4,6)

Ora, irmãos, aos mortos foi anunciado a Boa Nova. Aqueles, que antecederam a Cristo. E porque foi feito isso? Porque Cristo não deixou para fazê-lo quando do julgamento?

Vou responder para vocês através de uma conversa que Jesus teve com o Bom Ladrão, Dimas, aquele que se arrependeu.

Jesus disse para ele: Hoje, mesmo, estarás comigo no paraíso.

O Catecismo da Igreja orienta que: “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos…”(CIC, § 958)

“A nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá-los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós”. (CIC, § 958)

Falando dos defuntos disse um dia o Papa João Paulo II: “Numa misteriosa troca de dons, eles [no Purgatório] intercedem por nós e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio.“ ( LR de 08/11/92, p. 11)


São Paulo, que vivia a santidade, dizia que para ele o viver é Cristo e o morrer era lucro. 

Então, reflitamos sobre tudo o que o Senhor vem nos falando na palavra e mais do que ficar verificando quem tem ou não razão, o que devemos é ler com o coração aberto a palavra de Deus e ficar parando de dar interpretações particulares.

É preciso verificar a doutrina, a tradição, os ensinamentos daqueles primeiros fiéis e a veracidade daquilo que se faz.

Que Deus nos conceda a graça de viver de forma mais santa e que a perseguição pare, visto que acima de tudo está Cristo Jesus.

Augusta Moreira dos Santos
Ministério de Pregação e Cura e Libertação-RCC





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