Poucas horas depois que o Cardeal Joseph Ratzinger foi nomeado Papa Bento XVI, a organização PETA - Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais - enviou-lhe felicitações e solicitou à Sua Santidade que inclua os animais na esfera de preocupações da Igreja Católica.
PETA 20 de Abril de 2005, 18:38 h
O novo Papa falou emocionadamente sobre a exploração de todos os seres vivos, em especial os animais que vivem nas granjas. Ao ser perguntado, em 2002, sobre os direitos dos animais em uma entrevista, afirmou: “Este é um assunto muito sério. De todos os pontos de vista, podemos ver que eles foram postos sob nossos cuidados, que simplesmente não podemos fazer o que queremos com eles. Os animais também são criaturas de Deus...
Certamente, certos tipos de usos industriais das criaturas, como quando os gansos são alimentados de tal maneira a produzir um fígado tão grande quanto possível, ou quando as galinhas vivem tão apertadas que se transformam em caricaturas de aves, esta degradação de criaturas viventes que as converte em coisas me parece que contradiz a relação de reciprocidade que vemos na Bíblia”.
O Cardeal Ratzinger fazia eco aos ensinamentos oficiais da Igreja, como se lê no Catecismo Católico, diz claramente que “Os animais são criaturas de Deus, que os rodeia de sua solicitude providencial (cf Mt 6, 16). Também os homens lhes devem apreço. Recorde-se com que delicadeza São Francisco de Assis ou São Felipe Néri tratavam os animais... É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e sacrificar sem necessidade sus vidas”.
Em nossa carta pedimos à Sua Santidade que faça chegar sua visão compassiva ao público em geral: “Esperamos que siga falando em defesa destes seres explorados. Em anos recentes, filiaram-se à Peta muitos católicos que crêem que os animais como as pessoas têm direito sagrado à vida e necessitam ser protegidos da violência... Recorremos ao senhor e pedimos humildemente que encabece uma nova era de compaixão e respeito por todos os seres vivos, sem importar sua espécie".
A compaixão pelos animais também foi tema proeminente no papado de João Paulo II. O Papa João Paulo II proclamou que “os animais possuem uma alma e os homens devem amar e sentirem-se solidários com nossos irmãos menores”. Ele chegou a dizer que todos os animais são “fruto da ação criativa do Espírito Santo e merecem respeito” e que eles estão “tão próximos de Deus como estão os homens”.
O Santo Padre recordou às pessoas que todas as entidades viventes, incluídos os animais, existem devido ao “sopro” de Deus. Os animais possuem a chispa de vida – a qualidade vital, que é a alma – e não são seres inferiores, como querem fazer-nos crer os granjeiros industriais, os peleteiros, os toureiros e aficionados das touradas e rodeios e tantas outras pessoas que exploram os animais por simples interesse econômico.
Assim que foi escolhido como Papa, João Paulo II viajou para Assis, o lugar de nascimento de São Francisco, e falou do amor do santo pelos animais. Ele declarou: “Nós também fomos chamados a ter a mesma atitude”.
A PETA tem esperança que o Papa Bento XVI continuará falando em favor dos animais durante seu papado tal como fez quando era Cardeal e que se posicionará contra o horrível tratamento dado a criaturas de Deus. Os católicos podem honrar os ensinamentos do Papa João Paulo II e os sentimentos do Papa Bento XVI incorporando a compaixão pelos animais com mais ênfase em suas próprias vidas.
Fonte:http://ong.portoweb.com.br/agpa/default.php?reg=2&p_secao=9&PHPSESSID=176a013a581e750ab6e479d0ae08f618
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