sexta-feira, 27 de julho de 2012

A sexualidade na criança de 0 a 6 anos.



Parece nos estranho pensar em sexualidade infantil, não é mesmo? Costumamos a olhar para as crianças como se fossem anjinhos, seres assexuados. Pois quando pensamos assim estamos nos equivocando. A sexualidade não começa a se manifestar apenas na adolescência. Ela surge desde o momento em que nossos pais descobrem nosso sexo, na maioria das vezes, ainda dentro do ventre materno. 

Ali já começam a imaginar e criar expectativas de como será a doce menina ou o valente rapaz que irá nascer. Seu quartinho, as cores das roupinhas, os programas, como jogar bola com o menino ou arrumar a menina como uma princesinha, são atitudes presentes nos imaginários dos pais e que refletem na sexualidade que será desenvolvida em seus filhos.

Descobrindo então que a criança tem sim sexualidade, precisamos conhecê-la. De fato, a sexualidade presente na infância não deve ser comparada com a de um adulto, que é pautada na relação sexual.  A sexualidade da criança contempla basicamente: imitação de comportamentos, curiosidade sobre o corpo, descobertas de sensações agradáveis.

Observando os comportamentos dos pequenos podemos observar algumas “fases” que fazem parte de seu desenvolvimento. Muitas vezes percebemos a curiosidade das crianças em relação aos beijos e namorados. Isto não significa que tenham o desejo de beijar na boca ou de fato ter um namorado. Estão representando papéis sociais, imitando um comportamento adulto.

Outras vezes, percebemos nossos filhos pequenos curiosos com os seus genitais e também com os dos colegas. Estão simplesmente descobrindo que alguns são diferentes dos outros. Conhecendo as diferenças físicas entre ser menino e menina. É um comportamento bastante comum, que se inicia em torno dos 3 anos de idade e  favorece a construção da identidade.

 A manipulação dos genitais também aparece na infância. A criança quando envolvida nesta atividade está descobrindo seu corpo e as sensações prazerosas que ele oferece. É saudável que a criança possa se tocar e se conhecer. No entanto, é preciso orientá-la que tal comportamento é aceitável apenas quando estiver sozinho, nunca em local público.

Pudemos ressaltar aqui alguns comportamentos que envolvem a sexualidade das crianças e que por muitas vezes deixam os pais bastante embaraçados. O desconforto dos adultos diante de tal tema, muitas vezes é causado por olhar as atitudes das crianças colocando o desejo sexual do adulto.  É preciso compreender a sexualidade de nossos filhos para que possamos ajudá-los a se desenvolverem de forma plena e saudável. 

Damiane Junqueira Finotti
Psicóloga – Psicoterapeuta Infantil.
Especialista em Educação Infantil e
Psicopedagogia Clínica e Institucional
Psicóloga da Casa- Espaço de Desenvolvimento Humano

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