domingo, 1 de julho de 2012

“Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo”. (Santa Teresinha do menino Jesus)



Santa Teresinha do Menino Jesus (Marie Françoise Thérèse), nasceu em Alençon (França), em 2 de janeiro de 1873 e foi batizada dois dias depois. Quando ela nasceu, seu pai Louis Martin, tinha aproximadamente 50 anos e Teresinha foi sua nona filha. Sua mãe, Zélie Martin, era bordadeira e estava com 41 anos.

Sua mãe tinha uma grave doença e já havia perdido 4 filhas. Durante a gravidez de Teresa, tinha muitos pesadelos e pedia a Deus que a criança não nascesse com alguma doença por culpa dela. Sta. Teresinha nasceu com o mesmo problema dos filhos anteriores e sua mãe dizia “ela é tão pequenina que preciso colocar o meu dedo sobre o seu coração para saber se está respirando, pois olhando não consigo perceber! Temo pela vida do meu bebê.”

Em Poucos meses Zélie já não tinha mais leite e foi obrigada a levar Teresa para ser amamentada por uma ama de leite, que passaria a ser considerada por ela como mãe biológica. Ao voltar para a casa de sua família Sta Teresinha perde sua mãe, que veio a falecer em decorrência de um câncer.
Logo depois, juntamente com seu pai e suas irmãs, muda para a cidade de Lisieux. Seu pai a chamava de “pequena rainha” e ela o considerava como “meu Rei”.

Sta. Teresinha adota sua irmã mais velha (Pauline), como mãe. Um certo dia ela ouve Pauline conversando com uma outra irmã dizendo que no dia seguinte iria adentrar no Carmelo e não sabia como dizer a Sta. Teresinha (seria mais uma perda que ela viveria tendo apenas 6 anos de idade).

Sta. Teresinha permaneceu durante 5 anos em um colégio interno das Irmãs Beneditinas, sob uma formação exigente e cheia de humilhações. A única coisa que a alegrava era o anseio por fazer a 1ª comunhão. Porém, 2 dias antes foi avisada de que não poderia fazer a primeira comunhão, pois só completaria 10 anos um dia após a celebração.

Com isso, Sta. Teresinha cai de cama doente, tem crises de pânico e é curada depois de ter uma visão da “Virgem do Sorriso”, uma imagem da Imaculada Conceição.

Aos 14 anos, na noite que ela chama de “noite da conversão”, ela ouve o pai “reclamar” por ter que comprar os presentes de Natal das filhas e Sta. Teresinha cai em prantos, mas ali ela simplesmente renuncia a sua infância, supera a dor pela perda da mãe e decide abraçar a vida religiosa como suas irmãs Maria e Paulina, no Carmelo de Lisieux.
Devido a pouca idade ela é impedida de entrar no Carmelo e durante uma viagem a Roma e graças a uma audiência concedida pelo Papa Leão XIII, audaciosamente ela suplica ao Santo Padre a permissão para ingressar no Carmelo aos 15 anos de idade.

No dia 9 de abril de 1888,  ela realiza seu grande sonho e é aceita na clausura do Carmelo, adotando o nome de  Thérèse de l´Enfant Jesus e cumprindo com fervor e fidelidade os ofícios que lhe são confiados. Seis anos após entrar no Carmelo, recebe a notícia de que seu pai faleceu.

Em 1895, por obediência, começa a escrever suas memórias (que foram publicadas, após sua morte, com o título História de uma Alma. Este livro será responsável pela divulgação da vida e espiritualidade de Santa Teresinha no mundo inteiro, sendo traduzido em 58 línguas).

Em 3 de abril do ano seguinte, na noite entre a Quinta-feira e a Sexta-Feira Santa, tem uma primeira manifestação da doença que a levará à morte. Teresa não se rebela, pelo contrário acolhe sua enfermidade como a misteriosa visita do Esposo Divino. Serão 27 meses de terrível martírio,  uma prova de fé, mas ela se mantém firme, sem jamais rebelar-se, tudo aceita com paciência e amor.

Às 19 horas do dia 30 de setembro de 1897, fixou os olhos no crucifixo e exclamou: Meu Deus, eu Te amo! Logo em seguida parte para os braços do Pai.

Santa Teresinha é considerada a maior Santa dos tempos modernos. Foi canonizada em 1925, pelo Papa Pio XI. Em 1927 é declarada Patrona Universal das Missões Católicas. Em 1997, celebrando 100 anos de sua morte, é declarada “Doutora da Igreja pelo papa João Paulo II.

Ficou conhecida pelo seu amor ao Menino Jesus. Entre seus relatos, ela escreve: “Eu havia me oferecido a Jesus Menino como um brinquedo, e lhe havia dito que se servisse de mim não como uma coisa de luxo, que as crianças se contentam em guardar, mas como uma pequena bola sem valor, que ele pudesse jogar na terra, empurrar com os pés, deixar em um canto, ou também apertar contra o coração, quando isso lhe agradasse. Numa palavra queria divertir o Menino Jesus e abandonar-me aos seus caprichos infantis.”

Resumidamente, a vida de Santa Teresinha nos ensina a viver 4 pontos:
-Seguir pelo caminho da simplicidade;
-Entregar todo nosso ser ao Amor;
-Em todas as situações fazer cumprir a vontade de Deus;

-Zelar para que a salvação das pessoas devore nossos corações.
Seguem alguns dos pensamentos de Sta. Teresinha:

“A minha vocação é o amor!”

“Tudo é graça.”
“Não espero na terra qualquer retribuição: faço tudo por Deus.”
“Do Evangelho fiz o meu tesouro mais precioso.”
“A vontade de Deus é que eu lute até à morte.”
“Lutemos sempre, mesmo sem esperança de ganhar a batalha.”
“Oh! Bem-aventurado silêncio que tanta paz traz à alma!”
“Deus não tem necessidade das nossas obras, mas do nosso amor.”
“Viver de amor é dissipar o medo e a recordação das faltas passadas.”
“Deus quer que me abandone como uma criança.”
“Viver de amor é dar sem medida, sem reclamar salário aqui na terra.”
“Eu faço como as crianças que não sabem ler: digo a Deus o que Lhe quero dizer, sem compor belas frases.”
“No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor!”
“Um coração que ama trabalha com amor.”
“A caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros.”
“Haverá alma mais pequena e mais impotente que a minha?”
“O mérito não consiste em dar muito, mas em amar muito.”
“Não é para o primeiro lugar, mas para o último que eu corro.”
“A Virgem Santíssima é mais Mãe que Rainha.”
“É tão doce ajudar Jesus, pelos nossos sacrifícios, salvar almas.”
“O meu caminho é todo confiança e amor.”
“Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo.”
“Não posso descansar enquanto houver almas para salvar.”
“Só no Céu veremos a verdade de todas as coisas.”
“O que mais me agrada é o que Deus quer e escolhe para mim.”


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