S. Em. R. Darío
Card. Castrillón Hoyos
"Proclama
a Palavra, insiste a tempo e fora de tempo, repreende, ameaça, exorta com toda
a paciência e doutrina” [8].
As
palavras de Paulo continuam nos lembrando que “o dever de dar testemunho da
morte e ressurreição de Jesus e de sua presença salvífica em nossas vidas é tão
real e urgente como aos primeiros discípulos. Nós temos que comunicar a boa
notícia a todos aqueles que a queiram escutar.
É
indispensável a proclamação pessoal e direta, na qual uma pessoa compartilha
com outra a fé no Ressuscitado. Igualmente o são as outras formas tradicionais
de semear a Palavra de Deus. Não obstante, ao mesmo tempo, deve-se realizar
hoje uma proclamação nos e pelos meios de comunicação social. ‘A Igreja se
sentiria culpada perante o Senhor se fizesse não uso destes meios poderosos’
[9]” [10]. E um destes meios é a Internet.
Se
verdadeiramente a Igreja tem consciência do que o Senhor quer que ela seja,
surge dela uma singular maturidade e uma necessidade de transbordamento, com a
clara advertência da missão que a transcende e do anúncio que deve difundir. É
o dever da Evangelização. É o mandato missionário. É o ministério apostólico.
Não é suficiente uma atitude fielmente conservadora.
Certamente
teremos que conservar o tesouro da verdade e da graça legado a nós por herança
pela tradição cristã; mais ainda, teremos que defendê-lo: “Guarda o depósito”
[11], admoesta São Paulo. Mas nem a custódia, nem a defesa encerram toda a
tarefa da Igreja relativa aos dons que possui. O dever primordial para a
herança recebida de Cristo é a difusão, é a oferta, é o anúncio: “Ide, pois, e
ensinai a todas as gentes” [12], é o supremo mandato de Cristo a seus Apóstolos.
Estes,
com o nome mesmo de Apóstolos, definem sua própria e irrecusável missão. A este
impulso interior de amor que tende a fazer-se dom exterior é que S.S. o Papa
Paulo VI chama “diálogo” [13].
Todo católico, a partir de seu testemunho pessoal, de sua vida, também é responsável por esta missão da Igreja. Também quando se manifesta ao cibermundo deve sentir-se comprometido a dar o que recebeu, ir e ensinar a todas as gentes. Deste modo, a Internet se torna para ele um areópago para proclamar o nome de Cristo.
Todo católico, a partir de seu testemunho pessoal, de sua vida, também é responsável por esta missão da Igreja. Também quando se manifesta ao cibermundo deve sentir-se comprometido a dar o que recebeu, ir e ensinar a todas as gentes. Deste modo, a Internet se torna para ele um areópago para proclamar o nome de Cristo.
Evangelizar
é abrir a riqueza da Revelação para os homens, é anunciar a inescrutável
riqueza de Cristo, é esclarecer como foi revelado o Mistério escondido desde os
séculos em Deus [14].
Não
se pode evangelizar quando se abandona a verdade da mensagem. Por isso, “a
atenção ao acercar-se dos irmãos não deve traduzir-se em uma atenuação ou
diminuição da verdade.
Nosso
diálogo não pode ser uma fraqueza em relação ao compromisso com nossa fé. O
apostolado não pode tolerar uma espécie de compromisso dúbio relativo aos
princípios de pensamento e de ação que devem definir nossa profissão cristã.
O
irenismo [15] e o sincretismo são, no fundo, formas de ceticismo em relação à
força e ao conteúdo da Palavra de Deus que queremos manifestar. Só quem é
completamente fiel à doutrina de Cristo pode ser eficazmente apóstolo. E só o
que vive com plenitude a vocação cristã pode ser imunizado do contágio dos
erros com os quais se põe em contato” [16].
Evangelizar é satisfazer o coração
do ser humano que procura para Deus até encontrar n’Ele a plenitude da vida e
da felicidade. Todo o homem, toda a mulher, carrega em seu ser
essa ânsia de Deus;
sua inteligência, sua vontade, sua liberdade, sua consciência moral, seus ricos sentimentos e até mesmo suas paixões [17], falam da necessidade de procurar um Absoluto que plenifique sua vida; algo, ou melhor, Alguém que está fora e dentro dele ao mesmo tempo. Superior Summo meo et Interior Intimo meo [18]. O homem é fraco e feito para Alguém que parece esperá-lo e escutá-lo a partir de dentro e do alto.
sua inteligência, sua vontade, sua liberdade, sua consciência moral, seus ricos sentimentos e até mesmo suas paixões [17], falam da necessidade de procurar um Absoluto que plenifique sua vida; algo, ou melhor, Alguém que está fora e dentro dele ao mesmo tempo. Superior Summo meo et Interior Intimo meo [18]. O homem é fraco e feito para Alguém que parece esperá-lo e escutá-lo a partir de dentro e do alto.
Santo Agostinho desejava saber: “Por
que, Senhor, que eu te busco?”, e ele mesmo encontrou a resposta: “Porque ao
buscar-Te, meu Deus, eu busco a vida plena. Faz que Te busque para que viva a
minha alma, porque meu corpo vive de minha alma e minha alma vive de Ti” [19].
A vida do homem está n’Aquele de quem vive sua alma. “Nos fizeste para Ti, e
nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Ti” [20].
Com
a Evangelização, a Igreja preenche a mais profunda necessidade do ser humano,
entrega-lhe o que mais anseia. Por isso, hoje é um ditame comumente aceito o
colocar entusiasmo em nossa fé, fazer com que as convicções da fé desçam da
mente para o coração e preencham todas as facetas do ser humano.
A
Igreja, sem medo nenhum nem falsas humildades, também através da Internet deve
apresentar-se ante os novos modelos culturais como a grande alternativa para o
futuro do homem e o ponto de referência para uma renovação fundamental da
sociedade.
Só
ela está em condições de responder aos “enigmas secretos da condição humana
que, tanto ontem como hoje, movem seu coração intimamente: O que é o homem?
Qual é o sentido e o fim de nossa vida?
O que é o bem e o que é o pecado? Qual é a origem e o fim da dor? Qual é o caminho para chegar à verdadeira felicidade? O que é a morte, o juízo e qual a retribuição após a morte? Qual é, finalmente, aquele último e inexplicável mistério que envolve nossa existência, do qual procedemos nós e para o qual nós dirigimos?” [21].
Nem a ciência [22], nem a exaltação dos sentimentos podem dar solução aos grandes questionamentos que envolvem a vida dos seres humanos.
O que é o bem e o que é o pecado? Qual é a origem e o fim da dor? Qual é o caminho para chegar à verdadeira felicidade? O que é a morte, o juízo e qual a retribuição após a morte? Qual é, finalmente, aquele último e inexplicável mistério que envolve nossa existência, do qual procedemos nós e para o qual nós dirigimos?” [21].
Nem a ciência [22], nem a exaltação dos sentimentos podem dar solução aos grandes questionamentos que envolvem a vida dos seres humanos.
“A
Internet pode oferecer magníficas oportunidades para a Evangelização se for
usada com competência e com uma clara consciência a respeito de suas forças e
suas debilidades.
Principalmente
ao prover informação e despertar interesse, torna possível um encontro inicial
com a mensagem cristã, especialmente entre os jovens que se dirigem cada vez
mais ao mundo do ciberespaço como a uma janela aberta ao mundo.
Por
isto, é importante que as comunidades cristãs descubram meios práticos para
ajudar aos que se põem em contato com elas pela primeira vez através da
Internet, para passar do mundo virtual do ciberespaço para o mundo real da
comunidade cristã” [23]. Fonte : http://www.otavio.org.br/texto%5Cati.txt
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