Professor Felipe Aquino
Não
é sem razão que a Igreja classifica a inveja como pecado capital. Muitos e
muitos males provém dela. Diz o livro da Sabedoria que é por causa da inveja
que o demônio levou ao pecado nossos primeiros pais no início da história da
humanidade.
"Ora, Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua
própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que
pertencem ao demônio prová-la-ão" (Sb 2,23-24).
Santo
Agostinho dizia que "a inveja é o pecado diabólico por excelência”. E se
referia a ela como "o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó".
A
inveja é companheira daquele que não suporta o sucesso dos outros e não se
conforma em ver alguém melhor do que ele mesmo. Está sempre com aquelas pessoas
soberbas, que querem sempre ser melhores do que as outras em tudo. Muitas
vezes, ela também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou
revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de
inveja e desejando-lhes o mal. Fica torcendo pelo mal do outro, e quando este
fracassa, diz em seu interior: "bem feito!".
O
primeiro pecado dos filhos de Adão e Eva foi cometido por inveja. Caim matou o
irmão Abel. Abel era pastor e Caim lavrador (cf. Gen 4). Pior do que um
homicídio (assassinato de um homem), o crime de Caim, movido pela inveja, foi
um fratricídio (assassinato de um irmão).
Também
por causa da inveja os filhos do patriarca Jacó venderam o seu filho caçula,
José, para os mercadores que o levaram para o Egito.
O
caso mais triste que as Escrituras nos relatam, por causa da inveja, é o da
morte de Jesus. O evangelista São Mateus deixa claro a razão que os levou a
matar o Filho de Deus: "Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: 'Qual quereis
que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?' Ele sabia que tinham
entregue Jesus por inveja" (Mt 27,18).
Vemos,
assim, a que ponto chega a inveja. Diante disto, temos que nos acautelar; uma
vez movidos por ela, somos levados a praticar muitas injustiças. Quantas fofocas,
maledicências, intrigas, brigas, rivalidades, calúnias e ódios acontecem por
causa de uma inveja!
O
pior de tudo para nós cristãos é constatar que ela se entranha até mesmo nas
obras e nos filhos de Deus. Podemos dizer seguramente que muitas rivalidades e
disputas que surgem também no coração da Igreja, tristemente são causadas pela
inveja, pelo ciúme e despeito.
Ao
invés de se alegrar com o sucesso do irmão no seu trabalho para o Reino de
Deus, a pessoa fica remoendo a inveja, porque não consegue o mesmo sucesso. O
que importa afinal, é o meu sucesso. O invejoso é infeliz com a própria
desgraça e com a felicidade do outro.
Precisamos aprender a fazer com que a felicidade do próximo seja um motivo a
mais para sermos felizes; não o contrário. A inveja é uma perversão.
Quando
o menor sentimento de inveja brotar em nosso coração, precisamos cortá-lo de
imediato, com a sábia atitude do “agire contra”; isto é, substituir o
sentimento de desprezo por um sentimento de amor, num profundo desejo de que
essa pessoa progrida ainda com o sucesso que não conseguimos alcançar. É
preciso saber pedir perdão a Deus pelo mau sentimento em nós gerado.
Quem sabe, agindo assim, daremos um tapa na cara do tentador que deseja, a todo
custo, semear o veneno da inveja em nossa alma, fomentando a intriga, a
maledicência, a rivalidade entre os irmãos. Não o permitamos. São Paulo nos
ensina a não dar oportunidade ao demônio para agir em nossa vida. "Não
deis lugar ao demônio" (Ef 4,27).
Santo Agostinho nos ajuda a entender a gravidade da inveja: "Terrível mal
da alma, vírus da mente e fulminante corrosivo do coração, é invejar os dons de
Deus que o irmão possui, sentir-se desafortunado por causa da fortuna dos
outros, atormentar-se com o êxito dos demais, cometer um crime no segredo do
coração, entregando o espírito e os sentidos à tortura da ansiedade;
destroçar-se com a própria fúria!"
Dizia
São Leão Magno que "quando todos estivermos cheios de sentimentos de
benevolência, o veneno da inveja há de desaparecer inteiramente".
O mesmo santo doutor e Papa ensinava que ardem de inveja da perfeição dos
outros; e, como os vícios desagradam as virtudes, armam-se de ódios contra
aqueles cujos exemplos não seguem.
São João Crisóstomo (†404), o grande patriarca e doutor da Igreja, chamado de
“boca de ouro”, mostra bem o perigo da inveja para a vida cristã:
“Nós nos combatemos mutuamente e é a inveja que nos arma uns contra os outros.
Pois bem, alegrai-vos com o progresso do vosso irmão e imediatamente Deus será
glorificado por vós”.
Não
é sem razão que a Igreja classifica a inveja como pecado capital. Muitos e
muitos males provém dela. Diz o livro da Sabedoria que é por causa da inveja
que o demônio levou ao pecado nossos primeiros pais no início da história da
humanidade.
"Ora, Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão" (Sb 2,23-24).
Santo
Agostinho dizia que "a inveja é o pecado diabólico por excelência”. E se
referia a ela como "o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó".
A
inveja é companheira daquele que não suporta o sucesso dos outros e não se
conforma em ver alguém melhor do que ele mesmo. Está sempre com aquelas pessoas
soberbas, que querem sempre ser melhores do que as outras em tudo. Muitas
vezes, ela também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou
revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de
inveja e desejando-lhes o mal. Fica torcendo pelo mal do outro, e quando este
fracassa, diz em seu interior: "bem feito!".
O
primeiro pecado dos filhos de Adão e Eva foi cometido por inveja. Caim matou o
irmão Abel. Abel era pastor e Caim lavrador (cf. Gen 4). Pior do que um
homicídio (assassinato de um homem), o crime de Caim, movido pela inveja, foi
um fratricídio (assassinato de um irmão).
Também
por causa da inveja os filhos do patriarca Jacó venderam o seu filho caçula,
José, para os mercadores que o levaram para o Egito.
O
caso mais triste que as Escrituras nos relatam, por causa da inveja, é o da
morte de Jesus. O evangelista São Mateus deixa claro a razão que os levou a
matar o Filho de Deus: "Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: 'Qual quereis
que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?' Ele sabia que tinham
entregue Jesus por inveja" (Mt 27,18).
Vemos,
assim, a que ponto chega a inveja. Diante disto, temos que nos acautelar; uma
vez movidos por ela, somos levados a praticar muitas injustiças. Quantas fofocas,
maledicências, intrigas, brigas, rivalidades, calúnias e ódios acontecem por
causa de uma inveja!
O
pior de tudo para nós cristãos é constatar que ela se entranha até mesmo nas
obras e nos filhos de Deus. Podemos dizer seguramente que muitas rivalidades e
disputas que surgem também no coração da Igreja, tristemente são causadas pela
inveja, pelo ciúme e despeito.
Ao
invés de se alegrar com o sucesso do irmão no seu trabalho para o Reino de
Deus, a pessoa fica remoendo a inveja, porque não consegue o mesmo sucesso. O
que importa afinal, é o meu sucesso. O invejoso é infeliz com a própria
desgraça e com a felicidade do outro.
Precisamos aprender a fazer com que a felicidade do próximo seja um motivo a mais para sermos felizes; não o contrário. A inveja é uma perversão.
Quando
o menor sentimento de inveja brotar em nosso coração, precisamos cortá-lo de
imediato, com a sábia atitude do “agire contra”; isto é, substituir o
sentimento de desprezo por um sentimento de amor, num profundo desejo de que
essa pessoa progrida ainda com o sucesso que não conseguimos alcançar. É
preciso saber pedir perdão a Deus pelo mau sentimento em nós gerado.
Quem sabe, agindo assim, daremos um tapa na cara do tentador que deseja, a todo custo, semear o veneno da inveja em nossa alma, fomentando a intriga, a maledicência, a rivalidade entre os irmãos. Não o permitamos. São Paulo nos ensina a não dar oportunidade ao demônio para agir em nossa vida. "Não deis lugar ao demônio" (Ef 4,27).
Quem sabe, agindo assim, daremos um tapa na cara do tentador que deseja, a todo custo, semear o veneno da inveja em nossa alma, fomentando a intriga, a maledicência, a rivalidade entre os irmãos. Não o permitamos. São Paulo nos ensina a não dar oportunidade ao demônio para agir em nossa vida. "Não deis lugar ao demônio" (Ef 4,27).
Santo Agostinho nos ajuda a entender a gravidade da inveja: "Terrível mal da alma, vírus da mente e fulminante corrosivo do coração, é invejar os dons de Deus que o irmão possui, sentir-se desafortunado por causa da fortuna dos outros, atormentar-se com o êxito dos demais, cometer um crime no segredo do coração, entregando o espírito e os sentidos à tortura da ansiedade; destroçar-se com a própria fúria!"
Dizia
São Leão Magno que "quando todos estivermos cheios de sentimentos de
benevolência, o veneno da inveja há de desaparecer inteiramente".
O mesmo santo doutor e Papa ensinava que ardem de inveja da perfeição dos outros; e, como os vícios desagradam as virtudes, armam-se de ódios contra aqueles cujos exemplos não seguem.
São João Crisóstomo (†404), o grande patriarca e doutor da Igreja, chamado de “boca de ouro”, mostra bem o perigo da inveja para a vida cristã:
“Nós nos combatemos mutuamente e é a inveja que nos arma uns contra os outros. Pois bem, alegrai-vos com o progresso do vosso irmão e imediatamente Deus será glorificado por vós”.
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