quarta-feira, 20 de junho de 2012

Conversão, ruptura com os vícios




A conversão requer a ruptura com os vícios. Por isso, os seres
humanos devem passar dos vícios às virtudes.

O vocábulo “vício” deriva do latim “vitium”, que significa defeito.
Na moral, o vício designa a propensão de cometer pecados. Os
vícios são maus hábitos adquiridos por deficiências da vontade e
da educação.

Os  vícios  capitais  são  inclinações  perversas  que,  pela
repetição de atos condenáveis, corrompem a consciência moral
e  alteram  a  avaliação  do  bem  e  do  mal.  São  denominados
capitais porque são fatores de outros pecados e vícios.

De acordo com a tradição ética clássica, os vícios capitais são
sete: soberba, avareza, preguiça, luxúria, inveja, ira e gula. Os
convertidos devem superar os vícios capitais.

Asoberba consiste num orgulho exagerado, em que a pessoa
faz a supervalorização de si mesma. Nega a dependência de
Deus. Contraria a humildade.

A avareza  é  um  excessivo  amor  pelos  bens  materiais,
negligenciando  os  bens  espirituais  e  os  deveres  de  justiça  e
caridade. O avarento faz o apelo desmedido à riqueza e a tudo o
que possui. Opõe-se à virtude da liberalidade.

A preguiça é a indolência e a repugnância perante o esforço
exigido pelo cumprimento dos deveres. O preguiçoso negligencia 
seus compromissos com Deus e com os outros. Apreguiça é
contrária à virtude do trabalho.

Aluxúria é a busca desordenad a e incontida do prazer sexual.
O viciado procura a satisfação desregrada do instinto sexual. A
luxúria é pecado contra a castidade e a pureza.

A inveja é a visão desdenhosa, desgostosa ou odiosa do bem
do próximo ou daquilo que ele é. O invejoso  sente tristeza e
azedume  pelos  dons  dos  outros,  precisamente  porque  os
percebe como uma perda para si mesmo ou uma diminuição da
própria superioridade. Ele peca contra a caridade e a fraternidade.

A ira é um sentimento de desagrado, geralmente acompanhado 
pelo antagonismo provocado por uma ofensa real ou imaginá-
ria. É pecaminosa quando é expressa por um desejo deliberado
de vingança, agressividade e violência. Opõe-se às virtudes do
autodomínio e da paciência.

A gula  constitui  é  um  desejo  irracional,  desordenado  por
alimento ou bebida, geralmente expresso por comer e beber em
excesso. O guloso sente a satisfação desregrada por aquilo que
dá gosto e prazer. Peca contra a virtude da temperança.

A conversão exige a superação de todos os vícios na existência  da  pessoa.  
O  convertido  procura  abandonar  os  vícios
capitais, porque denigrem sua conduta humana, ética e espiritual.

Os vícios capitais causam uma série de pecados no comportamento 
da pessoa. Fazem proliferar outros vícios. Por isso, a vida
do convertido é uma contínua luta contra os vícios capitais.
A graça de Deus tem o poder de purificar os convertidos dos
vícios. Por isso, eles podem contar com o auxílio do Senhor no
seu empenho contra os vícios.

Pe. Eugênio Antônio Bisinoto CSsR

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